Via do Infante: Buzinão, nova marcha lenta e luta contra portagens para lá do Guadiana 25-01-2012
A EN125 é o palco de novo protesto marcado para 3 de fevereiro, que partirá de Lagoa (Fatacil) pelas 17h00 e ao longo de 30km até Boliqueime. Mas há mais e a luta ultrapassa fronteiras.
Esta será a primeira de três iniciativas que a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) já agendou para fevereiro e março em diversos locais do Algarve, entre eles o aeroporto e a ponte internacional do Guadiana.
Segundo revelou o comunicado a CUVI, o protesto na Ponte Internacional do Guadiana, "terá a colaboração de espanhóis da Andaluzia, a partir de Ayamonte, que também estão a ser muito prejudicados com as portagens na A22”.
Luta ultrapassa fronteiras
Recorde-se que na Assembleia Pública promovida pelos utentes da A22 participou o secretário-geral da Federação Nacional de Associações de Transportadores de Espanha (FENADISMER) e entretanto “a Comissão de Utentes da Via do Infante irá participar no I Encontro Transfronteiriço Hispano-Luso, no Ayuntamiento de Ayamonte, onde será constituída a Comissão para a Supressão das Portagens na A22”.
“Este Encontro terá lugar muito brevemente, em data a anunciar. Para este Encontro irão ser convidados os Presidentes de Câmara de Faro, Tavira, Loulé, Aljustrel e Grândola e estarão presentes diversas associações sociais, empresariais e sindicais de Huelva".
"No Encontro, além da constituição da comissão, será produzido um Manifesto e aprovadas formas de luta contra as portagens na Via do Infante (A22)”, anuncia a CUVI.
Mortes confirmadas na EN125
Segundo a CUVI desde 8 de dezembro do ano passado, houve “muitos acidentes na congestionada EN 125, praticamente todos os dias e, infelizmente, com algumas mortes confirmadas”.
Há “um caos infernal no tráfego na EN 125, enquanto a A22 continua deserta” frisam os representantes dos utentes da Via do Infante.
Relativamente ao impacto económico, a Comissão de Utentes exemplificou com as consequências que se verificaram de imediato no turismo “com os nossos vizinhos espanhóis a boicotar o Algarve”, face ao preço das portagens e às dificuldades no processo de pagamento das mesmas.
Isto quando “o desemprego disparou no Algarve atingindo a cifra de mais de 30 mil inscritos nos Centros de Emprego o que, somados os não inscritos, deverá rondar cerca de 50 mil desempregados – uma terrível catástrofe social”, alegam.
OBSERVATÓRIO DO ALGARVE
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