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terça-feira, 31 de janeiro de 2012



As mentiras esfarrapadas da Estradas de Portugal.sobre a Via do Infante.

Algarve: Quase metade do tráfego da Via do Infante ‘desaparece’ com as portagens 
31-01-2012 

A via do Infante perdeu 48% do tráfego médio diário (TMD), com apenas 6,454 veículos em dezembro. Estradas de Portugal atribui quebra de 28% a portagens e 20% à crise e diz que é "prematuro e especulativo" retirar conclusões.

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Segundo as contas da Estradas de Portugal (EP), "a redução de tráfego devida à introdução de portagens nas antigas concessões SCUT varia entre os 9% na A25 e os 28% na A22".
A EP explica estes dados argumentando que “para além do efeito da introdução das portagens, o tráfego nestas autoestradas sofreu também o efeito da atual conjuntura económico-financeira. Esta afeta cidadãos e empresas e reflete-se, de uma forma generalizada, na evolução dos volumes de tráfego a nível nacional", frisa a EP.
Para a empresa que cobra as portagens “esta tendência é identificável na comparação do Tráfego Médio Diário (TMD) nos meses de novembrodos dois últimos anos, onde se pode comprovar uma quebra conjuntural que, no caso da A22 (Via do Infante) chega aos 20%”.
Já no mês de dezembro a referida “quebra conjuntural” é de 48,1%, atribuindo a EP o percentil de 28,1 ao efeito portagens.
Os dados do tráfego médio comparado na A22 indicam que em novembro de 2010 o (TMD) foi de 13,259 veículos, quando no mesmo período de 2011 circularam, em média, 11,196 automóveis, a citada redução de 20,1%.
Em dezembro de 2010 o TMD foi de e 12,436 veículos e passou para apenas 6,454 no mesmo mês de 2011, altura em que foram introduzidas portagens.
Uma diminuição efetiva de 48,1%, à qual a Estradas de Portugal atribui 28,0% de quebra diretamente relacionada com a cobrança das taxas.
EP diz que é "prematuro e especulativo" retirar conclusões
Considerando ser “prematuro e especulativo” retirar conclusões definitivas sobre os números registados, tendo decorrido pouco mais de um mês após a introdução de portagens, a empresa alega que “nestes primeiros meses decorre um natural período de adaptação dos utentes à nova realidade”.
Assim a empresa está convencida que “a evolução do tráfego ao longo deste ano irá certamente atestar as previsões já anunciadas anteriormente”.
Nela, previa-se uma receita total de portagens para a EP de cerca de 290 milhões de euros, dos quais 190 referentes às ex-SCUT e 100 milhões de euros a outras vias.
Os dados de Tráfego Médio Diário comparados das autoestradas A22, A23, A24 e A25 podem ser consultados aqui.


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