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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

EUA Bill Gates acha que não paga impostos suficientes

EUA

Bill Gates acha que não paga impostos suficientes

Fundador da Microsoft pede partilha de sacrifícios Fundador da Microsoft pede partilha de sacrifícios (Foto: Thierry Charlier/AFP)
“Neste momento não sinto que pessoas como eu estejam a pagar os impostos que deveriam pagar”. A frase não podia ser mais clara e foi dita pelo fundador da Microsoft, Bill Gates, à BBC World.
Questionado sobre se concordava ou não com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que apelou na noite passada – no seu discurso anual sobre o Estado da União – ao aumento dos impostos pagos por milionários, Bill Gates admitiu que “os Estados Unidos têm um enorme défice e que, por isso, os impostos vão ter de subir”.

“E eu certamente concordo que eles deverão aumentar mais para os mais ricos do que para as outras pessoas”. “Isso é apenas justiça”, disse Gates.

“Espero que possamos resolver o problema do défice com um sentimento de sacrifício partilhado. Toda a gente sentiria que está a fazer a sua parte. E neste momento eu não sinto que pessoas como eu estejam a pagar os impostos que deveriam pagar”, concluiu Gates.

De recordar que, ontem à noite, Obama centrou o seu discurso nas enormes desigualdades existentes nos EUA: “Nenhum desafio é mais urgente” e “nenhum debate mais importante” do que a desigualdade económica, “num país onde um número cada vez menor de pessoas vive muito bem, enquanto um número crescente de americanos mal consegue subsistir”.

“Precisamos de reformar o nosso código fiscal para que pessoas como eu e muitos membros do Congresso paguem a sua justa fatia de impostos”, disse.

Obama não se limitou a lembrar que alguns bilionários pagam uma taxa fiscal mais pequena do que as suas secretárias – ele convidou a secretária do bilionário Warren Buffett (o terceiro homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes) para assistir ao seu discurso no Congresso e ilustrar o seu argumento.

Em Agosto do ano passado, Warren E. Buffett, pediu - num artigo de opinião no The New York Times - aos políticos que “parem de mimar os super-ricos” com isenções fiscais e aumentem os impostos aos milionários como ele próprio.

“Enquanto os pobres e a classe média lutam por nós no Afeganistão e a maioria dos norte-americanos luta para pagar as despesas, nós, mega-ricos, continuamos com as nossas extraordinárias isenções fiscais”, escreveu Buffet.

Do lado republicano, soube-se recentemente que Mitt Romney (um dos candidatos mais bem posicionados às primárias republicanas) pagou nos últimos dois anos uma taxa fiscal de apenas 13,9%, pouco mais de metade do que pessoas com a mesma média de rendimentos deveriam pagar.
Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, tem nos últimos anos dedicado a sua vida a projectos de filantropia.

Nos Estados Unidos, na sequência da crise dos últimos anos, Gates e Buffet criaram a Giving Pledge, em que desafiam todos os multimilionários do país a doarem pelo menos metade das suas fortunas para causas sociais. Bill Gates e a mulher, Melinda, e Buffet comprometem-se a dar o exemplo. Mas mais de 40 multimilionários já juraram fazer o mesmo. Alguns vão mesmo dar 90 por cento de tudo o que possuem. O compromisso, que é moral e não legal, obriga-os a dar parte substancial das fortunas a instituições de solidariedade social, a organizações culturais ou directamente a quem precise.

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