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Quantas noites sem sentido habitaram
Os olhares curiosos que se perderam
No vazio da escuridão?
A perversão imensa dos objectos inanimados
Que se confundem com corpos sem alma
Solenemente deitados. Ali quietos. Num, existir
Sem acontecer.
A morte das paixões é a vitória do vazio
E a glória do abandono útil.
Manuel F. C. Almeida
blog Avec le temps
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