História
A origem do pião é incerta ainda que se tenha conhecimento de sua existência desde o ano 4000 a.C., já que foram encontrados alguns exemplares, elaborados com argila, nas margens do rio Eufrates.[6] Há vestígios de piões em pinturas antigas e em alguns textos literários que citam o brinquedo/jogo.[7] É citado também nos textos de Marco Porcio Catón, político e historiador romano. Além disso, o pião aparece nos escritos de Virgílio, destacando-se em sua obra Eneida (século I a.C.).[8] Da mesma forma, se tem encontrado piões pertencentes àcivilização romana. No Museu Britânico, é conservado o pião mais antigo do mundo, encontrado em Tebas e datado de 1250 a.C..
Os portugueses levaram o pião para o Brasil, onde continua a ser muito utilizado.
Os romanos e os gregos tinham este elemento como brinquedo. No entanto, as culturas do Oriente -China e Japão - foram os responsáveis por sua introdução no Ocidente.[11] No Japão, adultos e crianças brincam (jogam) com o pião convertendo este aspecto lúdico a uma verdadeira arte e desta forma executam numerosos espetáculos, dentre estes destaca-se aquele em que, juntamente depois de lançar o pião, utilizando um tipo de fita para fazê-lo bailar na palma das mãos ou em tábuas duplas passando de uma a outra.[12]A Platão o pião servia como metáfora do movimento e Aristófanes se confessava aficionado pelo objeto.[9] O poeta romano Ovídio também menciona o pião em seus poemas. Aulus Persius Flaccus(34 - 62), outro poeta romano, dizia que "em sua infância teve mais afeição ao pião do que aos estudos".[10] Durante umas escavações realizadas em Troia foram encontradores alguns piões feitos de barro e outros exemplares têm sido desenterrados em Pompéia.[10]
Os romanos e os gregos tinham este elemento como brinquedo. No entanto, as culturas do Oriente -China e Japão - foram os responsáveis por sua introdução no Ocidente.[11] No Japão, adultos e crianças brincam (jogam) com o pião convertendo este aspecto lúdico a uma verdadeira arte e desta forma executam numerosos espetáculos, dentre estes destaca-se aquele em que, juntamente depois de lançar o pião, utilizando um tipo de fita para fazê-lo bailar na palma das mãos ou em tábuas duplas passando de uma a outra.[12]A Platão o pião servia como metáfora do movimento e Aristófanes se confessava aficionado pelo objeto.[9] O poeta romano Ovídio também menciona o pião em seus poemas. Aulus Persius Flaccus(34 - 62), outro poeta romano, dizia que "em sua infância teve mais afeição ao pião do que aos estudos".[10] Durante umas escavações realizadas em Troia foram encontradores alguns piões feitos de barro e outros exemplares têm sido desenterrados em Pompéia.[10]
Também há diversos exemplares de piões no México e na Argentina que são testemunhos de sua permanência no tempo.[13]
Interessante cantiga evoca o pião e sua capa (o barbante,ou cordel que se enrola no pião) cantada em Portugal:
-
- Para andar lhe pus a capa.................capa é o cordel que se enrola no pião
- E tirei-lha para andar,
- Que ele sem capa não anda,
- Nem com ela pode andar,
- Com capa não dança,
- Sem capa não pode dançar;
- Para dançar se bota a capa,
- Tira-se a capa para dançar.
- Teófilo Braga, in "Eras Novas" ("As Adivinhas Portuguesas",
Pião
Descrição livre
Existem várias maneiras de entretenimento com o pião (pequeno objeto afunilado em formato de pêra, feito de madeira, que tem encravado em sua ponta um prego, ou “ferrão”), e geralmente os tipos de jogos e suas regras mudam de região para região do país. Basicamente os jogos consistem em arremessá-lo ao chão puxando-se uma corda, ou “fieira”, enrolada a seu corpo com o intuito de coloca-lo em rotação e mantendo-o em pé com a ponta metálica para baixo, ou “dormindo”, e fazendo com que o mesmo realize certo tipo de procedimento, de acordo com as regras previamente acordadas entre o grupo de jogadores.
Objetivo
Através de arremessos do objeto em direção ao solo, sobre uma área delimitada, objetiva-se, através de destreza e habilidade adquirida com a prática, interferir ou anular a ação do adversário.
Diagrama
Modalidades mais conhecidas:
“Caça” - consiste em jogar o pião no chão e “caçá-lo” com a mão, recolhendo-o por entre os dedos indicador e médio. Ganha quem ficar mais tempo com o pião rodando na mão; ou em uma variação do jogo, o pião era passado de mão em mão, entre os participantes, até que “morresse” na mão do participante que, assim, era eliminado (quando o pião para de rodar, ele “morre”). Há também outra variação da “caça”, pela qual o participante joga o pião e, sem que ele bata no chão, puxa-o de volta ao corpo “caçando-o” no ar.
“Cela” - Desenha-se no chão um grande círculo, a “cela”, e em seu centro uma rodinha onde são colocados os piões que não conseguem rodar ou que não tenham corrida suficiente para sair do círculo. Quando isso acontece o dono do pião perde sua vez de jogar e seu pião vai para a rodinha central. O primeiro a jogar e o primeiro a ter seu pião como alvo são escolhidos por par ou ímpar ou outro sorteio qualquer. Tendo pião dentro da rodinha a intenção dos jogadores é jogar seus piões lá para fazer com que o “ ferrão “ bata nos ou no pião que esta lá, quebrando (2), lascando ou mesmo só para retira-lo de lá. Quando um pião é retirado de lá o dono tem novamente o direito de voltar a jogar seu pião na roda (1). Uma outra variação dessa modalidade, consiste em jogar o pião dentro da “cela”, sobre os que lá estão e, com habilidade, puxá-lo para fora. Se o pião ficar, está perdido; se com a batida no chão, qualquer outro pião for retirado lá de dentro, o pião resgatado é ganho (3).
“Bata” - marca-se um campo de tamanho combinado com dois “gols” nas extremidades. Uma bolinha de madeira, a “bata”, (do tamanho de uma bola de pingue-pongue) é colocada no centro. Ao sinal, os jogadores (um ou mais de cada lado) jogam seus piões, caçando e batendo na “bata” com o mesmo, impulsionando-a em direção ao “gol”.
“Cela” - Desenha-se no chão um grande círculo, a “cela”, e em seu centro uma rodinha onde são colocados os piões que não conseguem rodar ou que não tenham corrida suficiente para sair do círculo. Quando isso acontece o dono do pião perde sua vez de jogar e seu pião vai para a rodinha central. O primeiro a jogar e o primeiro a ter seu pião como alvo são escolhidos por par ou ímpar ou outro sorteio qualquer. Tendo pião dentro da rodinha a intenção dos jogadores é jogar seus piões lá para fazer com que o “ ferrão “ bata nos ou no pião que esta lá, quebrando (2), lascando ou mesmo só para retira-lo de lá. Quando um pião é retirado de lá o dono tem novamente o direito de voltar a jogar seu pião na roda (1). Uma outra variação dessa modalidade, consiste em jogar o pião dentro da “cela”, sobre os que lá estão e, com habilidade, puxá-lo para fora. Se o pião ficar, está perdido; se com a batida no chão, qualquer outro pião for retirado lá de dentro, o pião resgatado é ganho (3).
“Bata” - marca-se um campo de tamanho combinado com dois “gols” nas extremidades. Uma bolinha de madeira, a “bata”, (do tamanho de uma bola de pingue-pongue) é colocada no centro. Ao sinal, os jogadores (um ou mais de cada lado) jogam seus piões, caçando e batendo na “bata” com o mesmo, impulsionando-a em direção ao “gol”.
Fotos
O relato a seguir mostra, também, como o design do objeto em sí interfere diretamente na jogabilidade - “Posso me lembrar que os piões altos, esguios, eram muito bons para “cela”. Os mais “chatos” (bojudos e pesados) eram ótimos para “bata”. Você está me fazendo ficar com saudades daquele tempo e do meu “batatão”, um belíssimo e gordo pião, com o qual eu “arrepiava” nos jogos de “bata”. Interessante lembrar que o piões “baixos e gordos” são menos rápidos e ágeis que os esguios, “morrendo” mais depressa. Mas, por serem mais pesados, impulsionam muito mais a “bata”; então é necessário ser rápido para aproveitar a jogada. Eu não jogava o “batatão” no chão, caçava-o no ar.” (A. P. R. relatando suas experiências com o brinquedo - fonte:http://www.jogos.antigos.nom.br/piao.asp)
Descrição lógica
Promover interação entre os participantes através de disputas mediadas por um artefato que requer controle da habilidade, adquirida com a prática.
História
A origem remota do jogo do pião, segundo d’Allemagne (s.d., p.35), está entre os gregos e romanos. Callimaque Pittacus, que morreu em 579 a.C, já falava de um pião que fazia virar com um chicote. Os romanos conheciam também este jogo, uma vez que Horácio falou dos trochus. Parece que entre os romanos o pião já era o jogo favorito das crianças. Ao invés de trabalhar Pérsio só queria rodar seu pião de madeira. Virgílio, no Livro III, da Eneida, designou o pião quando disse: “Volitans sub verbere turbo.”
O folclorista Luiz da Câmara Cascudo descreve a pequena peça como “Pinhão”, brinquedo de madeira piriforme, com ponta de ferro, por onde gira pelo impulso do cordão enrolado na outra extremidade puxado com violência e destreza. (...) O strombos dos gregos e o turbo dos romanos são o mesmo jogo de pião das crianças de hoje, e datam pelo menos da pré-história da civilização (...) pois alguns piões de argila primitivos figuram na coleção de “Schliemann”. (Heinrich Schliemann foi um arqueólogo alemão - 1822/1890 - que adquiriu fama pelas explorações arqueológicas na Grécia, especialmente em Micenas.)
O folclorista Luiz da Câmara Cascudo descreve a pequena peça como “Pinhão”, brinquedo de madeira piriforme, com ponta de ferro, por onde gira pelo impulso do cordão enrolado na outra extremidade puxado com violência e destreza. (...) O strombos dos gregos e o turbo dos romanos são o mesmo jogo de pião das crianças de hoje, e datam pelo menos da pré-história da civilização (...) pois alguns piões de argila primitivos figuram na coleção de “Schliemann”. (Heinrich Schliemann foi um arqueólogo alemão - 1822/1890 - que adquiriu fama pelas explorações arqueológicas na Grécia, especialmente em Micenas.)
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