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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012



As castanhas miúdas


O homem é pequenino, velhote, mas simpático e usa uns óculos antigos que ficam embaciados com o fumo e vapor das castanhas, no assador. Um jovem, normalmente calado, vai-o ajudando. Talvez seja neto dele.
Como eu agora tenho mais tempo livre, comecei a criar novas rotinas de ócio e passeio. E, quase semanalmente, sou freguês e compro-lhe, no Largo, meia dúzia de castanhas. Mas, hoje, como me pareceram muito miúdas, acabei por dizer-lhe.
O velhote explicou-me, então, que os fornecedores, até Viseu, já quase esgotaram a castanha e, agora, tem que comprá-las na região de Bragança - quase o último reduto. E acrescentou:
"- Vai ver que são mais gostosas do que as graúdas, têm outro sabor..."
E o neto, que estivera calado até aí, acrescentou, muito sério:
"- É como a mulher e a sardinha, maneirinhas..."
Eu prometi que, na próxima vez, lhes daria a minha sincera e isenta opinião.

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