O PSD e o CDS-PP foram duros na crítica ao Orçamento mas sem criticarem as medidas mais emblemáticas da proposta. São os cortes que deixaram de lá estar que explicam o «desgosto», disse João Oliveira.
«Já se percebeu que, para desgosto do PSD e do CDS, esta proposta de Orçamento do Estado não é uma proposta de cortes de direitos e rendimentos, de agravamento da exploração e do empobrecimento», afirmou o líder parlamentar do PCP no início da sua intervenção.
A afirmação seguiu-se às intervenções de Adão Silva (PSD) e Assunção Cristas (CDS-PP), que criticaram o documento sem terem falado de qualquer das propostas mais significativas, como a eliminação da colecta mínima no pagamento especial por conta, o alargamento da gratuitidade dos manuais escolares ou o terceiro aumento de pensões consecutivo.
O deputado do PSD insistiu na tese do eleitoralismo, remetendo para os orçamentos de 1999 e 2009, ainda que o seu partido não tenha sido capaz de explicar até agora onde reside, de facto, o eleitoralismo. Quanto às medidas concretas, nada disse.
A omissão também marcou o registo de Assunção Cristas, mas a líder do CDS-PP preferiu dramatizar o facto de o Orçamento do Estado para 2019 ter sido apresentado pelo ministro das Finanças e não pelo primeiro-ministro.
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