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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PRAÇA DE JORNA NO SÉC XXI - Guilherme Antunes in facebook




Guilherme Antunes in facebook
PRAÇA DE JORNA NO SÉC XXI

Com o governo do Costa, diz-se que os trabalhadores portugueses recuperaram rendimentos, que foi possível repor direitos (?). Que a vida ficou mais facilitada como contraponto ao governo neo-fascista do PSD.
É uma visão romântica. Valoriza-se, apenas, a esmola menor dos roubos consolidados pelo capital e os seus anteriores governos.
A luta recente dos estivadores põe a nu, mais uma vez, a opção de classe dos governos da burguesia e das suas políticas de direita, com a cobertura aplaudida de forças políticas rendidas, que o suportam.
No 18º ano do século XXI vivemos quadros vivos “neo-realistas”, ignominiosos, do fascismo de há 70 anos atrás. As indignas praças de jorna, onde se amontoavam trabalhadores esfomeados, desesperados face à imagem diária dos seus filhos sem pão, pela inexistência de trabalho e ausência de futuro.
Os estivadores em luta, hoje, encontram-se em situação de precaridade numa percentagem de 90%. Os que conseguem ser escolhidos para trabalhar, fazem-no com contratos diários de um dia, renováveis ou não. Sem subsídio de baixa por doença. Nalguns casos, há trabalhadores nesta situação há mais de 20 anos.
A ministra Vitorino, prostituta ao serviço do capital transnacional turco, responsável pelo sector, aplica a velha medida capitalista de dividir para reinar, ao estilo secular da canga patronal sobre o descamisado indefeso.
Há 93 trabalhadores nesta situação desumana e incivilizacional, o que não impede o agente António Costa de vir dizer, descaradamente, que não percebe porque razão os trabalhadores não assinam os contratos que reivindicam. Embora não esclareça, o bandalho, que se está a referir, apenas a 30 elementos a quem concedem a “mordomia” de usufruírem trabalho com direitos. Solidariamente e com consciência de classe, os trabalhadores não cedem à selecção impositiva da Vitorino. Ou os 93 ou…luta.
Como contrapartida, destruindo abrutalhadamente o que a lei burguesa consagra, o governo traidor do Costa faz acordos com a empresa-mãe turca e a cumplicidade da Autoeuropa para a contração de “amarelos” pagos a 500€ por 3 horas de trabalho.
Afinal, o dinheiro não é o problema. Nunca foi! O problema é a coesão dos trabalhadores dos portos de Lisboa e Setúbal, que mantém a multinacional turca apreensiva quanto à réstia de firmeza de uma “ilha” ainda não domesticada.

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