PRAÇA DE JORNA NO SÉC XXI
Com o governo do Costa, diz-se que os trabalhadores portugueses recuperaram rendimentos, que foi possível repor direitos (?). Que a vida ficou mais facilitada como contraponto ao governo neo-fascista do PSD.
É uma visão romântica. Valoriza-se, apenas, a esmola menor dos roubos consolidados pelo capital e os seus anteriores governos.
A luta recente dos estivadores põe a nu, mais uma vez, a opção de classe dos governos da burguesia e das suas políticas de direita, com a cobertura aplaudida de forças políticas rendidas, que o suportam.
No 18º ano do século XXI vivemos quadros vivos “neo-realistas”, ignominiosos, do fascismo de há 70 anos atrás. As indignas praças de jorna, onde se amontoavam trabalhadores esfomeados, desesperados face à imagem diária dos seus filhos sem pão, pela inexistência de trabalho e ausência de futuro.
Os estivadores em luta, hoje, encontram-se em situação de precaridade numa percentagem de 90%. Os que conseguem ser escolhidos para trabalhar, fazem-no com contratos diários de um dia, renováveis ou não. Sem subsídio de baixa por doença. Nalguns casos, há trabalhadores nesta situação há mais de 20 anos.
Os estivadores em luta, hoje, encontram-se em situação de precaridade numa percentagem de 90%. Os que conseguem ser escolhidos para trabalhar, fazem-no com contratos diários de um dia, renováveis ou não. Sem subsídio de baixa por doença. Nalguns casos, há trabalhadores nesta situação há mais de 20 anos.
A ministra Vitorino, prostituta ao serviço do capital transnacional turco, responsável pelo sector, aplica a velha medida capitalista de dividir para reinar, ao estilo secular da canga patronal sobre o descamisado indefeso.
Há 93 trabalhadores nesta situação desumana e incivilizacional, o que não impede o agente António Costa de vir dizer, descaradamente, que não percebe porque razão os trabalhadores não assinam os contratos que reivindicam. Embora não esclareça, o bandalho, que se está a referir, apenas a 30 elementos a quem concedem a “mordomia” de usufruírem trabalho com direitos. Solidariamente e com consciência de classe, os trabalhadores não cedem à selecção impositiva da Vitorino. Ou os 93 ou…luta.
Como contrapartida, destruindo abrutalhadamente o que a lei burguesa consagra, o governo traidor do Costa faz acordos com a empresa-mãe turca e a cumplicidade da Autoeuropa para a contração de “amarelos” pagos a 500€ por 3 horas de trabalho.
Afinal, o dinheiro não é o problema. Nunca foi! O problema é a coesão dos trabalhadores dos portos de Lisboa e Setúbal, que mantém a multinacional turca apreensiva quanto à réstia de firmeza de uma “ilha” ainda não domesticada.
Afinal, o dinheiro não é o problema. Nunca foi! O problema é a coesão dos trabalhadores dos portos de Lisboa e Setúbal, que mantém a multinacional turca apreensiva quanto à réstia de firmeza de uma “ilha” ainda não domesticada.
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