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domingo, 25 de novembro de 2018

Carta aberta ao Sr. Primeiro Ministro António Costa. - Venho desta forma transmitir-lhe que eu Edmundo Veiga sou filiado do SEAL por iniciativa própria e por acreditar que aquele Sindicato seja o único dentro do sector portuário que não se ilude com falsas promessas que outrora já foram feitas aos trabalhadores portuários.





Edmundo Veiga

Boa tarde Sr. Primeiro Ministro António Costa.
Venho desta forma transmitir-lhe que eu Edmundo Veiga sou filiado do SEAL por iniciativa própria e por acreditar que aquele Sindicato seja o único dentro do sector portuário que não se ilude com falsas promessas que outrora já foram feitas aos trabalhadores portuários. Quero acrescentar que o Presidente do SEAL foi eleito por unanimidade e não por uma coligação prematura onde os eleitores ainda hoje aguardam soluções da sua Fraca Política. O motivo pela qual os associados SEAL não aceitam ir a correr atrás do contrato efectivo dado pela Operestiva é porque não estão reunidas as condições para se celebrar tal contrato sem que se faça uma negociação séria entre o nosso Sindicato e a entidade patronal. Fiquei chocado com o seu depoimento sobre este facto onde no seu ponto de vista eu seria obrigado a celebrar qualquer tipo de contrato mesmo que este me fosse manter numa precariedade embora camuflada. Sr. Primeiro Ministro António Costa vou lhe dar um exemplo: Você vai comprar uma casa e o vendedor diz-lhe assim... Esta é a casa certa para si, é cara como tudo, tem as paredes a cair e o teto está uma vergonha, não tem água nem tem electricidade mas você como não tem casa vai ter que comprar esta e ficar caladinho. Pois senhor primeiro Ministro eu não quero essa casa e está no meu direito como cidadão poder escolher o meu futuro. Eu escolhi o SEAL e se o SEAL o incomoda é porque a sua política e os que escolheu para fazer política ao seu lado têm algo a temer. Se você aprova os contratos á Jorna porque não mete os membros da assembleia a receber ao dia sem terem direito a férias, folgas, baixa, pensão por morte ou invalidez, subsídio de desemprego? Certamente pouparia no orçamento de estado, pense nisso pois a solução do país é a precariedade dos políticos.
Diga-me na cara que eu como cidadão correcto, onde não tenho uma única dívida ao estado, não tenho direito a escolher ou a lutar por um futuro melhor. Se o trabalho portuário é tão importante para a economia nacional não seria melhor acabar com a precariedade em todos os portos nacionais e defender estes trabalhadores tão importantes para a sociedade? Ontem em um outro debate vi um anormal de um comentador dizer que as pessoas devem estudar para não acabarem como precários. Enfim, eu estudei e continuo a estudar, aliás tenho 28 certificações internacionais e mesmo assim sou precário, aliás tenho 44 anos e nunca na minha vida tive um contrato de trabalho. Sim Sr. Primeiro-Ministro é isso que leu, nunca na minha vida tive férias, nunca na minha vida tive um subsídio de Natal mas mesmo assim sempre que vou trabalhar dou o melhor de mim em prol de uma economia Nacional.
Acho que está na altura de dizer Basta e dar alguma dignidade a estes trabalhadores tão importantes para a economia Nacional.
Não lhe pedimos muito, só lhe pedimos a verdade sem que olhe a interesses partidários de esquerda ou direita.
Bem, vou-me despedir de si e vou para Setúbal lutar ao lado dos meus camaradas que aguardam resoluções verdadeiras do governo para meter a economia Nacional a mexer.
Sem outro assunto, atenciosamente.
Orgulhosamente Estivador.
Nem um passo atrás

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