Por C. Barroco Esperança
No 43.º aniversário da morte de Franco, o nacional-catolicismo orou em êxtase e exalou ódio contra quem recusa o cadáver a dominar o espaço da humilhação dos defensores da República, e onde sucumbiram escravizadas milhares de vítimas.
Foi a última romagem de aniversário ao Vale dos Caídos. No monumento da vingança contra os vencidos e da exaltação franquista ocorreu a derradeira homenagem ao ditador, em apoteose fascista.
Para completar as homenagens lia-se no diário El País: “A lei dos meninos roubados teve início esta terça-feira durante a tarde no Congresso com a unanimidade dos 344 deputados presentes e um emocionado aplauso de reconhecimento de todo o hemiciclo, sem cores políticas, aos representantes das associações de vítimas. E também com algumas novidades relevantes.». Averigua-se mais uma repulsiva conduta franquista.
Na localidade de Cuenca, um deputado (conselheiro) da autarquia fez-se acompanhar da foto do ditador e da bandeira da Espanha franquista com “Gracias Franco!”, a celebrar o aniversário.
Em Saragoça, os franquistas colocaram a bandeira da Falange na imagem da Virgem do Pilar, o que obrigou a diocese a declarar que aconteceu sem a sua autorização.
Há 43 anos morreu bem ungido, muito rezado e excelentemente sufragado, rodeado de sotainas e de incenso, o general que durante quatro décadas semeou o terror e o luto.
No dia do soturno aniversário El Periódico de Catalunha anunciou que a neta de Franco é dona, desde 2003, do edifício onde funcionava um bordel, na Avenida madrilena das Delícias, de onde a Polícia Nacional libertou, em 13 de novembro, 23 mulheres que se prostituíam e deteve 17 proxenetas de uma organização criminosa que ali as explorava, na vivenda de Mariola Martínez-Bordiú Franco.
Para completar as homenagens lia-se no diário El País: “A lei dos meninos roubados teve início esta terça-feira durante a tarde no Congresso com a unanimidade dos 344 deputados presentes e um emocionado aplauso de reconhecimento de todo o hemiciclo, sem cores políticas, aos representantes das associações de vítimas. E também com algumas novidades relevantes.». Averigua-se mais uma repulsiva conduta franquista.
Enquanto os fascistas prestam a mórbida homenagem ao assassino, a Espanha começa a sentir vergonha e a reparar o passado.
O cadáver de Franco vai ser removido, o difícil é arrumá-lo.
Ponte Europa / Sorumbático
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