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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Espanha – o aniversário da morte de Franco


Por C. Barroco Esperança

Este 20 de novembro
 foi um dia de êxtase para os órfãos do maior genocida fascista do século XX. No Vale dos Caídos a fila de devotos foi prestar homenagem ao mais frio e cruel ditador da história da Península Ibérica.
No 43.º aniversário da morte de Franco, o nacional-catolicismo orou em êxtase e exalou ódio contra quem recusa o cadáver a dominar o espaço da humilhação dos defensores da República, e onde sucumbiram escravizadas milhares de vítimas. 

Foi a última romagem de aniversário ao Vale dos Caídos. No monumento da vingança contra os vencidos e da exaltação franquista ocorreu a derradeira homenagem ao ditador, em apoteose fascista.
Na localidade de Cuenca, um deputado (conselheiro) da autarquia fez-se acompanhar da foto do ditador e da bandeira da Espanha franquista com “Gracias Franco!”, a celebrar o aniversário.
Em Saragoça, os franquistas colocaram a bandeira da Falange na imagem da Virgem do Pilar, o que obrigou a diocese a declarar que aconteceu sem a sua autorização.
Há 43 anos morreu bem ungido, muito rezado e excelentemente sufragado, rodeado de sotainas e de incenso, o general que durante quatro décadas semeou o terror e o luto.
No dia do soturno aniversário El Periódico de Catalunha anunciou que a neta de Franco é dona, desde 2003, do edifício onde funcionava um bordel, na Avenida madrilena das Delícias, de onde a Polícia Nacional libertou, em 13 de novembro, 23 mulheres que se prostituíam e deteve 17 proxenetas de uma organização criminosa que ali as explorava, na vivenda de Mariola Martínez-Bordiú Franco.

Para completar as homenagens lia-se no diário El País: “A lei dos meninos roubados teve início esta terça-feira durante a tarde no Congresso com a unanimidade dos 344 deputados presentes e um emocionado aplauso de reconhecimento de todo o hemiciclo, sem cores políticas, aos representantes das associações de vítimas.  E também com algumas novidades relevantes.». Averigua-se mais uma repulsiva conduta franquista.

Enquanto os fascistas prestam a mórbida homenagem ao assassino, a Espanha começa a sentir vergonha e a reparar o passado.
O cadáver de Franco vai ser removido, o difícil é arrumá-lo.
Ponte Europa / Sorumbático

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