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Qual é a origem dos alentejanos?
Será uma origem diferente da do resto dos portugueses?
Tudo começou há coisa de 50 mil anos.
A Península Ibérica era habitada por uma população nativa paleolítica ibérica que ficou conhecida por ter pintado as cavernas de Altamira, e muitas outras, deixando-nos um pouco do seu testemunho, nas célebres pinturas rupestres, como as do Vale do Foz Coa, por exemplo.
Mas, na Lusitânia, no entanto, essas tribos paleolíticas eram diferentes das do resto da Península. Uns anos mais tarde, cerca de 30 mil, os norte-africanos do Paleolítico, da chamada raça mediterrânea, atravessaram o estreito de Gibraltar e passaram-se de malas e bagagens para estas bandas, ocupando quase toda a Península, a costa sul da França e as ilhas de Itália, onde se mantiveram sozinhos durante outros milhares de anos, até 8 mil anos antes de Cristo, quando da chegada das populações do Saara, que progressivamente se ia transformando num deserto devido à sobrelotação de gado doméstico na altura.
A história poderia contar-se desta maneira. Há seis mil anos, quando a região fértil que então era a do Sahara entrou em processo de desertificação (que ainda hoje não terminou), as populações que ali residiam foram forçadas a iniciar um movimento migratório. Muitas dessas pessoas viajaram para norte e uma parte atravessou o oceano no estreito de Gibraltar, para se instalar na Península Ibérica, e no território que hoje é Portugal.
Passados mais de 4500 anos, chegou uma nova vaga africana, esta berbere e muçulmana, que hoje diríamos magrebina, e que é a marca africana, em termos genéticos, que caracteriza os portugueses no Sul do País.
Além da clarificação histórica, e deste novo “retrato bipolar”, a pesquisa dos “detectives” genéticos trouxe outra novidade. A de que na região centro, aquelas características se diluem (tanto as do sul, como as do norte) sobressaindo, por outro lado, as marcas genéticas trazidas pelas migrações e invasões europeias (que a História conhece por bárbaras) e que ocorreram entre a primeira e a segunda vagas africanas.
Concluindo…
Todo o país contêm fundos genéticos de vários povos. No entanto, enquanto que no Norte e Centro predominam genes de origem celta, no Alentejo há uma maior frequência de genes de origem árabe, que se explica em parte pelas migrações mas sobretudo pela maior presença muçulmana nesta região em relação ao resto do país.
Será uma origem diferente da do resto dos portugueses?
Tudo começou há coisa de 50 mil anos.
A Península Ibérica era habitada por uma população nativa paleolítica ibérica que ficou conhecida por ter pintado as cavernas de Altamira, e muitas outras, deixando-nos um pouco do seu testemunho, nas célebres pinturas rupestres, como as do Vale do Foz Coa, por exemplo.
Mas, na Lusitânia, no entanto, essas tribos paleolíticas eram diferentes das do resto da Península. Uns anos mais tarde, cerca de 30 mil, os norte-africanos do Paleolítico, da chamada raça mediterrânea, atravessaram o estreito de Gibraltar e passaram-se de malas e bagagens para estas bandas, ocupando quase toda a Península, a costa sul da França e as ilhas de Itália, onde se mantiveram sozinhos durante outros milhares de anos, até 8 mil anos antes de Cristo, quando da chegada das populações do Saara, que progressivamente se ia transformando num deserto devido à sobrelotação de gado doméstico na altura.
A história poderia contar-se desta maneira. Há seis mil anos, quando a região fértil que então era a do Sahara entrou em processo de desertificação (que ainda hoje não terminou), as populações que ali residiam foram forçadas a iniciar um movimento migratório. Muitas dessas pessoas viajaram para norte e uma parte atravessou o oceano no estreito de Gibraltar, para se instalar na Península Ibérica, e no território que hoje é Portugal.
Passados mais de 4500 anos, chegou uma nova vaga africana, esta berbere e muçulmana, que hoje diríamos magrebina, e que é a marca africana, em termos genéticos, que caracteriza os portugueses no Sul do País.
Além da clarificação histórica, e deste novo “retrato bipolar”, a pesquisa dos “detectives” genéticos trouxe outra novidade. A de que na região centro, aquelas características se diluem (tanto as do sul, como as do norte) sobressaindo, por outro lado, as marcas genéticas trazidas pelas migrações e invasões europeias (que a História conhece por bárbaras) e que ocorreram entre a primeira e a segunda vagas africanas.
Concluindo…
Todo o país contêm fundos genéticos de vários povos. No entanto, enquanto que no Norte e Centro predominam genes de origem celta, no Alentejo há uma maior frequência de genes de origem árabe, que se explica em parte pelas migrações mas sobretudo pela maior presença muçulmana nesta região em relação ao resto do país.
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