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domingo, 24 de junho de 2018

SEM PAPAS NA LÍNGUA - DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES



Hoje vou falar de Salvador Sobral e vou ser muito sucinto e muito breve.
Eu topo o gajo ! gostei que ganhasse o festival das cançonetas, o nacional e o internacional, e lembro aqui que apesar da merda que por lá passou ao longo dos anos desde o Eduardo Nascimento encomendado pelo "estado novo" a defender o colonialismo e todo o nacional cançonetismo que hoje prolifera através da musica pimba, o rapaz apesar de querer mediatismo através da sua irreverência transformada para governar a vida, ter fãs, ter quem vá aos espectáculos, lhe compre os "discos" o rapaz não tem que dar explicações a ninguém.

Ganhou um festival , ou dois festivais, onde todos sabemos existir a mão do capitalismo e da merda que manda na europa mas não nos podemos esquecer que por vezes também por lá passam gente que vale a pena escutar e que polemicamente ou não, podemos discutir

Muito menos aqueles trafulhas que se encheram de dinheiro QUE CANTARAM COISAS BONITAS E HOJE DÃO ENTREVISTAS DIGNAS DE AGRADAR AO AO PORCO THOMAZ E AO FAMIGERADO BOTAS de má memória.

Houve, há, quem sempre se enrosque na "voz do dono" e onde possa ir buscar o dinheiro.
Houve quem tivesse e tenha dignidade como profissional das trovas e das cantigas e não necessitasse, precise, de alinhar no rebanho dos que têm duas caras e cantam simplesmente o "conveniente".

Não é de meu apanágio esmiuçar a vida dos "artistas" porque na minha opinião existem aqueles que o são sempre, e existem aqueles que viraram o bico ao prego, os que sempre viveram e vivem ao sabor da maré, aqueles que conquistaram o Zé Povinho e foram promovidos por forças políticas para que o seu trabalho fosse divulgado e hoje muitos roem a corda, cospem no prato de quem lhes permitiu e permite ter pão na mesa.

Já ouvi de tudo, desde o Marceneiro, o Fernando Farinha, o Francisco José, o Toni de Matos, a Amália, ora fascista ora comunista, o" aristocrata" Carlos do Carmo, o José Cid que cantou contra a ditadura e hoje merece um lugar digno nas fileiras dos nazis do PNR.

José Jorge Letria, Paulo de Carvalho com o "hino do psd", Carlos do Carmo com o seu jogo de colagem ao poder, Fernando Tordo com a polémica que desenvolveu, António Manuel Ribeiro que não gostou de ver o seu nome em letras menores no cartaz da "Festa do Avante" e tantos, tantos,outros que seria longo aqui enumerar e que ora são odiados pelo povo, ora são recuperados sem mais explicações, sem que alguém explique as razões ou não razões das suas atitudes se é que o que se diz e escreveu é verdade sobre os que nos têm dado alegrias ou tristezas, sobre os que tiveram coragem e os que simplesmente se aproveitaram das circunstâncias.

São artistas ! maus ou bons, odiados ou amados, injustiçados ou merecedores do que a raia miúda sempre manipulada. depois transporta nas suas opiniões aqui ou na mesa do café consumido nas suas emoções

Sobre Salvador Sobral, há muita coisa de que não gosto mas não me preocupa absolutamente nada que fume erva, que snife coca, que utilize o mediatismo para se promover e que nas suas afirmações inocentes ou não procure estar na berra.

Sobre Salvador Sobral uma coisa tenho a certeza ! nem ele nem todos os outros que enumerei aqui têm o estofo, a coragem, a inteligência, o conteúdo de José Mario Branco, José Afonso, Luis Cília, a voz de Adriano, e tantos outros que deram a cara, sofreram para que o povo português abrisse os olhos.

Peço perdão por não desenvolver aqui mais nomes dos que têm ao longo dos anos manter a qualidade musical, a mensagem, o poema e sem ordem de ranking preferencial aqui escrevo tais como Vitorino, Sergio Godinho, Samuel, Carlos Alberto Moniz,Carlos Mendes. Fausto, Francisco Fanhais, Luisa Bastos, Carlos Paredes, Manuel Freire, Luis Gois, Jorge Palma, Cristina Branco, Brigada Vitor Jara, Banda do Casaco, as inúmeras bandas de rock que dignificam a nossa música e cultura, com destaque para os Xutos e Pontapés, etc etc etc

São artistas e não pretendo aqui colocar no "altar" uns mais do que outros e digo-vos sinceramente que traria para aqui dezenas e dezenas de nomes que me merecem apreço e respeito pelas suas construções e luta pela cultura e pelo trabalho que desenvolveram e desenvolvem.

António Garrochinho

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