POEMA:
SEM VIDA…
Há um mundo impronunciável
onde os horizontes são da cor do sangue
derramado pelas cidades…pelas ravinas…
…pelas estradas de pó e pedras…
…pelos jardins-que-lá-não-existem…
É o mundo onde morreu a alegria saudável
da gravidez do mar,
do voo das gaivotas de carne e osso e onde
os pássaros vomitam fogo e morte…
e os búzios morrem nas areias do deserto,
nas suas casas-sacrários-violados, a fugirem da música
oposta à estridência do cristal ,
que adorna de luz e cor
a Alma de uma qualquer catedral
É o Mundo
onde a luz desfigurada
perdeu o eixo da Linguagem da Paz*
* onde os Poemas não podem viver-mais-que-chorar,
as Vidas amortalhada-das-crianças-a-nascer*
*É o Mundo abominável onde as flores têm medo de aparecer,
em-primaveras- que-até-podem-não-acontecer*
Maria Elisa Ribeiro
ABL/018
lusibero.blogspot.pt
AVISO
OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"
Este blogue está aberto à participação de todos.
Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.
Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.
Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário