Abraham Lincoln (1865)
O presidente foi atingido à queima-roupa, mas somente faleceu na manhã seguinte aos 56 anos – não podendo ter assistindo à 13ª Emenda Constitucional que aboliu a escravidão nos Estados Unidos (grande luta ao longo de seu mandato). Segundo conta a história, depois de atirar no presidente, Booth teria gritado "Sic semper tyrannis! [É assim com os tiranos] – o Sul está vingado!".
O assassino foi capturado dez dias depois ao ataque num depósito de tabaco, na Virgínia, e foi morto ao tentar resistir à prisão.
Arquiduque Francisco Ferdinando (1914)
No dia do atentado, Francisco Ferdinando estava em viagem à Bósnia para assistir a manobras militares e para inaugurar as obras de um novo museu em Sarajevo. Ele estaria imaginando ideais expansionistas da monarquia sérvia.
Os ânimos políticos ficaram acirrados e a Áustria declarou guerra contra a Sérvia, acusada de cumplicidade no crime.
Mahatma Gandhi (1940)
O líder hindu Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido mundialmente como Mahatma Gandhi, é um dos grandes nomes do século XX. Foi revolucionário e promoveu uma campanha pela libertação da Índia, colônia inglesa havia dois séculos. Em 1922, foi condenado a seis anos de prisão. No ano de 1943, tentou convencer a Inglaterra a dar independência à Índia por meio de uma greve de fome, marca importante de sua luta pacifista contra a neocolonização de seu país.
Com o país independente, em janeiro de 1948, Gandhi viajou para Nova Délhi e ficou hospedado na casa de uma pessoa rica – pela primeira vez, pois sempre preferia ficar próximo aos pobres e “intocáveis”. Enquanto recebia centenas de seguidores, que o cercavam por ter os libertado, agradecendo pela sua “grande alma”, na manhã do dia 30, foram ouvidos três tiros que acertaram o líder indiano.
Gandhi morreu aos 78 anos, assassinado pelo editor de um jornal nacionalista, Nathuran Godse, membro de uma organização político-religiosa contrária a Gandhi chamada RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh). Godse, que já havia planejado outro atentado dez dias antes, acabou condenado à morte.
John F. Kennedy (1963)
O atentado contra o presidente americano John F. Kennedy está, de certa forma, no inconsciente coletivo de todos nós, pois há imagens do momento em quase todo livro de História. Ele foi atingido por dois tiros enquanto circulava no automóvel presidencial no dia 22 de novembro de 1963, na Praça Dealey, em Dallas, Texas.
Kennedy estava ao lado da mulher, Jacqueline. O primeiro disparo não chegou a atingir o presidente, tendo sido desviado por uma árvore. Pouco mais de 3 segundos houve um segundo tiro, que atravessou a garganta de Kennedy, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O terceiro disparo aconteceu quase 10 segundos depois do primeiro, atingindo a cabeça de Kennedy. Neste momento, sua mulher pulou para o banco traseiro do veículo.
Duas investigações oficiais concluíram que Lee Harvey Oswald, um empregado do armazém Texas School Book Depository, que ficava na Praça Dealey, foi o assassino. Uma delas concluiu que Oswald atuou sozinho e outra sugeriu que atuou com pelo menos um cúmplice. Fora essas, existem diversas teorias da conspiração sobre a morte de Kennedy.
Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica e mecanismo manual.
Malcolm X (1965)
Malcom X era um revolucionário que pregava os direitos civis aos negros através da luta armada contra brancos americanos. Ele era muçulmano e possuiu muitos nomes durante a vida: foi Malcom Little, Red, Malcom X e El-Hajj Malik El-Shabazz. Foi o fundador da seita religiosa Organização da Unidade Afro-Americana e da Mesquita Muçulmana.
Antes de iniciar um discurso no Audubon Ballroom, em Nova York, o americano morreu violentamente, recebendo 14 tiros em frente à mulher e às três filhas.
Martin Luther King (1968)
No dia 4 de abril de 1964, pouco depois de receber o Prêmio, Luther King levou um tiro no rosto e morreu na sacada do Lorraine Motel, em Memphis.
Segundo as investigações, o presidiário foragido James Earl Ray foi preso como autor do disparo.
Robert F. Kennedy (1968)
Quase cinco anos depois do assassinato de seu irmão John F. Kennedy, em Dallas, Texas, Robert F. Kennedy anunciou sua intenção de obter a candidatura democrata para as eleições presidenciais de 1968. Porém, um atirador atrapalhou seus planos numa noite de junho daquele ano, levou mais de 10 disparos numa área reservada do Ambassador Hotel, em Los Angeles.
Kennedy estava com voluntários de sua campanha e foi surpreendido pelo palestino Sirhan Bishara Sirhan. Uma das testemunhas do crime, Nina Rhodes-Hughes, afirmou à CNN em 2012 que não havia somente um atirador naquele dia e, sim, dois. Porém, apenas Sirhan teria sido processado pelo atentado contra o senador e outras cinco pessoas e cumpre prisão perpétua na Califórnia.
Fidel Castro (entre 1959 e 2006)
Fidel Castro entrou para o livro dos recordes Guinness Book por ser a pessoa que mais sofreu tentativas de assassinato do mundo. Segundo a publicação, foram pelo menos 638 tentativas – sendo, a maior parte delas, promovidas pela CIA –, desde 2006, quando passou o governo para o irmão Raúl Castro.
O site Cubadebate aponta que o líder da Revolução Cubana sofreu atentados diversos – indo desde franco-atiradores, explosivos colocados em sapatos, veneno injetado nos charutos, carga explosiva em bola de baseball, toxinas em roupa de mergulho – além de outras mais bizarras, que tinham como intenção tirar a credibilidade do ex-presidente cubano diante do mundo. Em uma ocasião, foi colocado LSD em uma caixa de charutos para que ele risse enquanto dava uma entrevista na televisão.
A CIA, inclusive, já reconheceu algumas tramas para matar Fidel quando a organização era comandada por Allen Dulles e John Kennedy estava a frente da presidência dos EUA.
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