AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Portugal | E SE OS CORRÊSSEMOS TODOS À CASTANHADA?


Quentes e boas eram as castanhas assadas que se vendiam em imensas esquinas de Lisboa. A fumarada denunciava o local onde podíamos comprá-las, embrulhadas num cartucho afunilado de qualquer folha de jornal de data antiga ou nas famosas páginas amarelas das listas telefónicas já desatualizadas. Pois, só que atualmente as gerigonças que comportavam o assador, as castanhas por assar e aquelas que estavam a assar mudaram mudaram de poiso e foram para parte nenhuma. Desapareceram. Deixaram esquinas de ruas vazias daquele fumo e daquele cheiro agradável. Lá encontramos uma ou outra “fábrica ambulante” das quentes e boas castanhas mas são muito raras nesta Lisboa a modernizar-se com as refeições pobres, nocivas e rápidas. Chamam-lhe evolução. Pois. Chamem-lhe o que quiserem. Pena é que acabem com o que é bom, cheiroso e quente, como as castanhas assadas que encontrávamos quase a cada passo nesta Lisboa que mais parece terem deixado de amá-la. Avancemos.

Decerto já deram por isso. Esta é a “entrada” que antecede o Expresso Curto. Hoje da lavra de Miguel Cadete, do dito Expresso. Diretor, também. Os diretores nos jornais são mais que as mães, uns disto e outros daquilo. Foram-se as castanhas assadas e multiplicaram-se ene de vezes os diretores, e os gestores, e os advogados, e os doutores-doutores, e os licenciados que ainda não são doutores mas sim dótores… É um fartote. É a tal evolução. Adiante.

Vai daí, a propósito destes aumentos evolutivos e da extinção de tradições, como as castanhas assadas sobre rodas de uma geringonça ou carripana – que regra geral era um triciclo – também aumentou o número de corruptos e de corruptores, aumentaram os ladrões e afins de colarinho branco. Alguns ou até todos doutores e dótores da mula-ruça. Nada como andar na universidade para estudar cientificamente como parasitar a sociedade e pô-la exangue com a locupletação de milhares e milhões em notas altaneiras que quase só chegam às mãos dos ditos VIPs, popularmente chamados de vigaristas, trafulhas, filhos desta e daquela ou de epítetos muito piores. São os tempos que mudam, é a chamada evolução. Para esses os tempos mudaram mas para os que produzem, em fábricas, em obras, nas várias atividades exploradoras do sangue, suor e lágrimas, não mudou o tempo nem as vontades de extinguir a penúria de milhões em Portugal e de muitos mais milhares de milhões em todo o mundo.

Tenham um resto de bom dia. Bom almoço, para os que têm o privilégio de almoçar, em chiquérrimos restaurantes ou prantados frente a mesas fartas, estragando comida que dava um jeitão aos que quase nada têm. Nisso também quase nada mudou. Na realidade acontece mesmo assim, não só em Portugal mas sim por todo o mundo.

Sigam para o Expresso Curto da lavra do senhor diretor jornalista (talvez). E aguentem sempre, se continuarem a não reagir a esta bagunça orquestrada por imensos vigaristas de “canudo”. Certo é que não são assim todos eles mas os que existem são demasiados. E de vez em quando lá vem à tona qualquer coisinha… Fizz, Lex, esses são os de agora. Mas já houve e há tantos… Impunes, condecorados por Cavaco Silva (p.ex.), de olhos em bico a olharem para os seus umbigos, arquitetando novas tramóias. Uns ascos aperaltados com canudos autênticos ou que conseguiram numa qualquer caixa da Farinha Amparo. 

E se os corressemos à castanhada? 

paginaglobal.blogspot.pt

Sem comentários: