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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Coordenador do programa económico do PS admite aumento da idade da reforma

Coordenador do programa económico do PS admite aumento da idade da reforma

O coordenador do grupo de peritos económicos de António Costa, Mário Centeno, admitiu, em entrevista à TVI, que a idade da reforma pode aumentar, afirmando que as propostas são para discussão pública.
O economista Mário Centeno é o coordenador do grupo de peritos económicos de António Costa
Leonardo Negrão / Global Imagens
O coordenador do grupo de peritos económicos de António Costa, Mário Centeno, admitiu, esta quarta-feira à noite, que a idade da reforma poderá aumentar fruto das alterações que o Partido Socialista propõe ao fator de sustentabilidade – que indexa o aumento da esperança média de vida ao cálculo das pensões. Naquela que foi a sua primeira entrevista, o doutorado em Harvard defendeu a exequibilidade do programa macro-económico apresentado pelo PS e disse que as propostas são para o futuro e primeiramente para discussão pública.
Questionado sobre a alteração ao fator de sustentabilidade, que é referida no programa do PS, Mário Centeno explicou que essa reavaliação “significa considerar um conjunto mais vasto de indicadores económicos na definição da idade da reforma”. E confrontado com o eventual impacto dessa alteração na idade da reforma, o coordenador do grupo de peritos económicos do PS admitiu que “se os indicadores económicos não ajudarem” poderá resultar num “adiamento da idade da reforma”.
O economista, que confessou ter abraçado este projeto por uma “motivação de cidadania”, sublinhou que o plano macro-económico do PS “não é político” e que o conjunto de propostas “para o futuro” é “para discussão pública”. Mário Centeno disse ainda, e repetiu, que o programa apresentado é exequível. “As margens de salvaguarda dão-nos um grau de confiança na sua exequibilidade bastante grande”, afirmou esta noite.
“Não há nada de alquímico nisto, não é definitivamente miraculoso”, disse o economista, que admitiu que “as propostas [apresentadas pelo PS] dão muito mais trabalho à economia”.

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