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terça-feira, 20 de maio de 2014

Quem foram os eunucos ? - As primeiras menções aos eunucos ocorrem no Império Assírio, que ocupou parte do Iraque e da Turquia do século 14 a.C. até o século 6 a.C. Alguns eunucos viraram altos funcionários imperiais - acreditava-se que eles eram menos corruptos porque não tinham descendentes para deixar heranças

Quem foram os eunucos? 

Eunucos eram homens castrados, que tiveram o pênis e os testículos (ou apenas os testículos) tirados fora. Os primeiros registros de homens sem bilau são do século 14 a.C. - e, ao que tudo indica, a prática sobreviveu até meados do século 20! A origem do nome ajuda a explicar o porquê dessa prática violenta: em sua origem grega, o termo eunoukhos pode ser traduzido como "guardião da cama". No Oriente Médio e na China, eunucos foram usados como guardas ou serviçais dos haréns onde ficavam as esposas e concubinas reais. Muitos deles perdiam o bilau depois de virarem prisioneiros de guerra, mas na China muitos homens pobres submetiam-se voluntariamente à castração pra arranjar uma boquinha nos palácios da nobreza. Na Grécia antiga, a prática era usada como pena para impedir a reincidência em casos de estupro ou adultério, embora os gregos também costumassem castrar serviçais domésticos para torná-los mais dóceis e inofensivos. Uma coisa é certa: a principal finalidade da castração era tornar os eunucos sexualmente impotentes. Mas muitos que tinham só os testículos arrancados ainda eram capazes de ter ereções. Para isso, era preciso que a cirurgia ocorresse depois da puberdade. "A partir dessa idade, a testosterona, hormônio que regula o apetite sexual e tem papel fundamental na ereção, passa a ser produzido também pelas glândulas supra-renais. Elas fabricam entre 2% e 3% do hormônio. Parece pouco, mas muitas vezes o nível de hormônio era suficiente para um eunuco sustentar uma ereção", afirma o urologista Jorge Hallak, da Sociedade Brasileira de Cancerologia, em São Paulo. Alguns "desbilauzados" não tinham tanta sorte. Era o caso dos castrati, cantores que a partir do século 16 faziam papéis femininos nas óperas italianas. Como eles tinham seus testículos retirados entre os 8 e 10 anos de idade - a idéia era impedir que a voz engrossasse -, os castrati ficavam impossibilitados de ter qualquer ereção. :-(

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Sem lenço e sem documento Eunucos existiram em vários países e seitas religiosas até o século 20
IMPÉRIO ASSÍRIO
As primeiras menções aos eunucos ocorrem no Império Assírio, que ocupou parte do Iraque e da Turquia do século 14 a.C. até o século 6 a.C. Alguns eunucos viraram altos funcionários imperiais - acreditava-se que eles eram menos corruptos porque não tinham descendentes para deixar heranças
IMPÉRIO CHINÊS
Desde o século 12 a.C., eunucos serviam como assessores políticos dos imperadores chineses e atendentes das esposas e concubinas imperiais. A prática durou milênios e só foi extinta no país após a Revolução Republicana (1911-1912), que derrubou a monarquia
IMPÉRIO ROMANO
No século 1, imperadores romanos empregaram eunucos como conselheiros da corte e funcionários estatais. A prática foi interrompida no ano 81 com uma lei do imperador Domiciano. Mas os eunucos ganharam sobrevida nos séculos seguintes no Império Romano do Oriente, na Ásia Menor
EUROPA
Cantores de ópera castrados, conhecidos como castrati, começaram a ser empregados no século 16, quando as mulheres foram proibidas de cantar nos corais da Igreja. A castração de rapazes para servir como cantores foi abolida pelo papa Leão XIII em 1878
IMPÉRIO OTOMANO
Nesse Império, que dominou a Turquia de meados do século 14 a 1922, os eunucos eram empregados nos palácios e na residência de qualquer pessoa que pudesse pagar por eles. A partir do século 16, os haréns da corte otomana eram guardados por eunucos negros, trazidos como escravos da Etiópia e do Sudão
SEITAS RELIGIOSAS
No século 3, a seita dos Valesii, que floresceu no território da Jordânia, castrava seus integrantes como forma de servir a Deus. A mesma coisa rolava na seita cristã Skoptzy, que se espalhou por regiões da Rússia e Romênia entre os séculos 18 e 20





Eunucos na China


Em primeiro lugar, sempre se soube da existência de eunucos em sociedades islâmicas, no entanto fiquei bastante curiosa ao aprender que havia eunucos na Coréia do Sul e na Grécia também. Os castrati italianos já era um caso diferente. Apesar de terem sido castrados quando ainda crianças para assim manterem a voz aguda, não serviam como eunucos nas cortes. Na China homens faziam (e alguns ainda fazem) papel de mulheres na grande Ópera de Pequim, quando também aprendiam a cantar e a recitar versos em voz aguda. Porém eles não precisavam ser castrados para tal.
Então, qual era o motivo principal para a castração? O primeiro deles era que os eunucos eram os únicos funcionários do imperador que podiam se aproximar da família real, muitas vezes sendo chamados de A Sombra do Imperador. Aproximar-se da família real significava aproximar-se da imperatriz e das princesas também; por isso mesmo os eunucos eram banidos de se aproximarem da família real à noite.
Os eunucos eram extremamente poderosos; pessoas com grande influência. Eles não só deviam organizar a vida sexual do imperador com a imperatriz ou com as concubinas, mas eles também eram responsáveis pelas roupas, comida, entretenimento e também dispunham de grande influência no que dizia respeito até as guerras. Eles ganhavam um bom salário e muitos deles moravam dentro da Cidade Proibida.
O fator sexo não era o único motivo para o eunuco se castrar. Ser castrado significava ser limpo, e somente pessoas limpas que não tinham sangue nobre podiam se aproximar da família real.
Posso falar sobre três casos dos quais homens eram castrados. O primeiro era como punição para prisioneiros de guerra ou criminais. O segundo era por livre e espontânea vontade. E o terceiro era o caso de famílias pobres que, com as castração dos filhos na faixa dos treze ou quatorze anos, podiam sonhar com eles se tornando eunucos e assim vivendo uma vida confortável repleta de privilégios.
O que acontecia é que a castração em si não garantia a posição de eunuco. Após serem castrados, os candidatos eram mandados para um bateria de testes e somente os mais belos, os de pênis mais pesados (sim, eles eram pesados na balança depois de cortados) e geralmente falando os mais promissores eram aceitos.
A questão da castração é especialmente interessante na China porque os chineses acreditam em reencarnação. Para eles, ser enterrado sem uma parte do corpo significaria reencarnar incompleto, apesar do filósofo Confúcio ter sido contra a prática. Sendo assim, depois de castrados, o culto ao pênis cortado era importantíssimo e eles fariam de tudo para serem enterrados com os tais membros. Dentro da Cidade Proibida havia uma sala reservada a todos os Bao, ou tesouro em Chinês, que se associava ao pênis. Eles ficavam pendurados dentro de saquinhos de tecidos em ordem hierárquica: o eunuco mais poderoso tinham seu pênis bem no alto, enquanto um novato tinha seu pênis bem baixo, quase tocando o chão.
Os cirurgiões da época aceitavam galinha, vinho ou dinheiro para fazer a castração que acontecia geralmente na primavera ou no outono, mas quando famílias muito pobres não podiam pagar, o cirurgião guardava o pênis cortado como pagamento. Ao decorrer dos anos, muitos eunucos que por um motivo ou outro já não mais possuíam seus “tesouros”, compravam geralmente dos cirurgiões para poderem ser enterrados por “inteiro”. Vale mencionar que os prisioneiros de guerra e criminosos que eram castrados não tinham o direito de guardar seus Bao.
Dois por cento era o número de mortes causados pela castração, mas esses eram geralmente casos onde as próprias famílias pobres operavam sem algum preparo, nem mesmo sopa de maconha (usada como anestesia). Numa operação bem sucedida, as feridas curariam em cem dias.
Como conseqüência da operação, os eunucos ganhariam seios femininos, a pele do corpo ficaria mais mole, a voz ficaria estagnada da época quando a castração foi feita, mudanças de comportamento, pouca força, e principalmente pouco ou nenhum controle de urinarem nas camas à noite. Ouve-se que uma pessoa sempre sabia quando um eunuco estava por perto, não somente pelo uniforme de eunuco e pela cor das penas do chapéu que indicava o ranking, mas principalmente pelo cheiro de urina.
Mas como nada na vida é perfeito, a vida de um eunuco estava longe de ser assim. Apesar da vida confortável, eles ainda eram vistos como empregados pelos nobres chineses. Os eunucos nunca tiravam férias e caso tivessem que deixar o palácio por um motivo importantíssimo, tinham 24 horas para retornar, senão teriam que arcar com severas conseqüências (não só eles, mas algumas conseqüências eram levadas até a membros da família do eunuco).
Apesar da fama dos eunucos ser relativamente boa no que diz respeito ao caráter gentil porém organizado, muitos deles sofriam e com isso a taxa de suicídios dentre os eunucos era altíssima. Alguns puderam se casar durante a Dinastia Qing (sem poder gerar filhos, obviamente) e outros puderam se educar, mas o grande choque foi com a abolição dos eunucos na China em 1924 por conta da nova república. Os eunucos foram expulsos da Cidade Proibida e sem saber para onde ir ou o que fazer (com seus “tesouros” debaixo do braço resgatados da Sala dos Eunucos), vários deles terminaram suas vidas em alguns templos.
Em 1996 morreu Sun Yao Ting, o último eunuco da história da China. Ainda em termos de celebridades, Zhao Gao tenha sido talvez o eunuco mais influente da história e existem rumores até hoje que dizem que foi ele o grande responsável pela queda da Dinastia Qing. Já o outro eunuco, Cai Lun, foi o grande inventor de papel da China.
Mutilações corporais são capítulos à parte da história da China, como as castrações dos eunucos ou o enfaixamento dos pés de flor de lótus, mas apesar de tais práticas parecerem selvagens aos olhos de um Ocidental, os chineses sempre acreditaram na razão delas existirem. Hoje mesmo menininhas ainda são forçadas a passarem pelo processo de mutilação genital em vários países africanos, quando os nativos parecem não compreender o motivo dos estrangeiros tentarem banir tais mutilações que, pelo ponto de vista deles, devem continuar em nome da preservação da cultura.
A única coisa que eu posso torcer hoje, é que nenhuma moda do gênero “alteração do corpo” volte a ter força na sociedade. Mas esperem aí! Esqueci de mencionar os malucos que se tatuam em cada centímetro livre do corpo e ganham piercings nas formas mais estranhas…

Top 10 eunucos Fascinantes


10
Thomas Corbett
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A maioria dos homens desta lista foram, compreensivelmente, castrado contra sua vontade. Thomas 'Boston' Corbett é uma exceção. Tendo perdido sua esposa no parto do Corbett viúva se viu tentado por prostitutas. Para evitar cometer o pecado tomou uma tesoura e retirou seus testículos.Mostrando um nível de coragem e estoicismo ele então foi para uma reunião de oração e jantou antes de procurar um médico para tratar suas feridas.
A fama de Corbett não repousa sobre a sua auto-castração no entanto, mas em sua perseguição e assassinato de John Wilkes Booth, o assassino do presidente Lincoln. Quando Booth foi cercado ao esconder em um celeiro por soldados Corbett descobriu que podia ver Booth através de um buraco na parede. Ele atirou e matou Booth, contra as ordens que ele seja levado vivo.Após este Corbett voltou à sua antiga profissão de tomada de chapéu.Alguns têm sugerido que, como acontece com tantas chapeleiros, o mercúrio utilizado em seu trabalho levou às crises de loucura que padeceu.
9
Judar Pasha
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Judar nasceu na Espanha no século 16. Como um bebê que foi levado por traficantes de escravos muçulmanos. Castrado, como era moda para os funcionários na época, ele foi vendido para o serviço do sultão de Marrocos.Houve uma longa história de crianças cristãs poder servir governantes muçulmanos; os janízaros do Império Otomano são um exemplo bem conhecido. Judar subiu para o posto de Pasha no serviço do sultão e foi colocado no comando de um exército. Ele liderou a invasão marroquina do império Songhai na África sub-saariana. Na época, o Songhai foi o maior império em África. Isso ele conseguiu com relativa facilidade e capturou a capital do império, embora a árdua jornada através do deserto tinham tomado seu pedágio em suas próprias tropas. O Imperador Songhai ofereceu uma homenagem aos marroquinos, na tentativa de levá-los a voltar para casa e dar-lhe de volta o seu império. Judar estava inclinado a aceitar, mas o sultão recusou. Judar foi substituído como comandante e mais tarde executado em uma luta de poder com um novo sultão.
8
Pothinus
Pothinus
Pothinus era a pessoa mais poderosa no Egito do século 1 aC. Ele foi escalado como um vilão pelas fontes romanas que ele menciona, mas não havia um viés cultural contra o eunuco no mundo romano. É Pothinus que é acusado de transformar o faraó Ptolomeu XIII contra sua irmã e, depois, a esposa Cleópatra. Quando Pompeu, o Grande foi derrotado por César, fugiu para o Egito. Na chegada, ele foi decapitado, muitos acreditando que isso seja no comando Pothinus '. Quando o próprio César chegou ao Egito Pothinus zombavam dele abertamente. Isto sugere que, embora Pothinus era um eunuco ele não estava totalmente sem bolas. César era conhecido por tolerar zombaria, perdoando o poeta Catulo para alguns versos obscenos, mas quando Pothinus foi implicado em um complô para matar César César agiu primeiro. Pothinus foi executado e Cleópatra definido no trono.
7
Sporus
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O imperador Nero tinha uma esposa chamada Sabina. Enquanto grávida de seu filho Nero chutou no estômago até que ela morreu. Mais tarde, se arrependendo de sua assassina explosão Nero fez a única coisa que podia para trazer sua esposa de volta. Ele encontrou um menino bonito chamado Sporus que ele pensou se assemelhava a sua esposa morta e ele tinha castrado. Sporus foi então casada com o Nero, a quem ele agora chamada Sabina, em uma cerimônia na Grécia e vestida no estilo de uma imperatriz.Quando Nero foi assassinado Sporus foi cortejado pelo comandante do regimento de guardas. Quando o comandante foi assassinado, ele começou um relacionamento com Otão, que foi imperador por três meses. Quando Otho foi assassinado Sporus teve menos sorte com o imperador Vitélio.Vitélio queria desfile o Sporus notório antes da plebe para a sua diversão.Recusando-se a tomar parte nesta entretenimento Sporus cometeu suicídio.Alguns historiadores acreditam que ele ainda estava sob 20 anos de idade quando morreu.
6
Narses
Narses
Narses era um eunuco que serviu na corte de Justiniano, o Grande, imperador bizantino. Nada se sabe da juventude Narses ', como ele veio a ser castrado, nem como ele subiu para o alto cargo de Chamberlain. Quando os motins Nika, o motim dos esportes mais destrutivo na história, eclodiu Narses era a pessoa enviada para subornar a multidão em sua apresentação. Esta ajuda que deu para Justiniano levou ao avanço Narses ao poder no exército. O sonho de Justiniano foi para re-conquistar a Itália e especialmente Roma.Quando seu Belisário geral perdeu a confiança a missão foi entregue a Narses. Apesar de nunca ter comandado uma batalha Narses conquistou várias vitórias impressionantes e completou a conquista. Ele era mais de setenta anos, quando ele começou sua carreira como um general. Ele sobreviveu a Justiniano, mas caiu em desgraça com o seu sucessor e foi chamado para o leste.


1 comentário:

José Gonçalves Cravinho disse...

Gostei de ler este apontamento àcerca dos eunucos,mas os últimos textos estão escritos num português difícil de entender.A propósito de eunucos,consta que há na Índia uma seita em que os homens também eliminam os testículos e o pénis,ficando com um buraco para urinar.Uma barbaridade.