AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

domingo, 4 de maio de 2014

das ELITES - Questionam os jornalistas impelidos pelas gentes que analisam os dados estatísticos das fundações e coisas tais: sabia que antes do 25 de Abril a maioria dos lares portugueses não tinha máquina de lavar?

das Elites


Questionam os jornalistas impelidos pelas gentes que analisam os dados estatísticos das fundações e coisas tais: sabia que antes do 25 de Abril a maioria dos lares portugueses não tinha máquina de lavar? Já imaginou o que seria viver sem máquina de lavar?
Penso eu: Sim! Lembro-me bem de a minha mãe ter que partir a camada de gelo que se formava à tona da água parada do tanque para lavar a roupa.
E, só nasci em 1983.
Aliás, até hoje a minha mãe teve apenas uma máquina de lavar. Ou seja, o 25 de Abril já seria no mínimo adolescente quando a minha mãe comprou a máquina de lavar que usa atualmente…

Continuam os mesmos: Sabia que antes do 25 de Abril muitos lares portugueses não tinham água canalizada? Já imaginou o que seria viver sem água canalizada?
Penso eu: Sim. Lembro-me bem de a minha avó e alguns tios conquistarem, nos anos 90, uma casa de banho para os seus lares, em substituição da retrete de madeira que tinham no quintal e dos alguidares em que se lavavam.

Insistem os tais: Sabia que as habitações eram demasiado pequenas, tinham poucos cómodos e não permitiam a privacidade atual? Já se imaginou a viver numa casa onde não tivesse privacidade?
Penso eu: Sim! Na minha casa de família nunca tive um quarto.
Haviam dois quartos, num ficavam os meus pais, o outro era partilhado pelos meus irmãos. A mim cabia o fundo do corredor onde se encaixavam uma cama, uma cadeira e um candeeiro. Um cortinado, de chita barata, era a minha pequena garantia de privacidade (quase igual a zero) da porta da rua, que todos usavam nos horários mais variados. Foi a esse fundo de corredor que orgulhosamente regressei sempre, mesmo depois de ter casa própria, até que recentemente comecei a partilhar o quarto dos meus pais com a minha mãe… e esta também não foi uma conquista de Abril, infelizmente!


Penso eu: Anda esta gente a discutir o que são elites e a aplicação ‘incorreta’ de tal conceito à sociedade portuguesa… 





imagem, Abel Manta
riscadoagiz.blogspot.pt

Sem comentários: