Polícia deteta mais transferências suspeitas no Banco do Vaticano
Jornal italiano avança que monsenhor Nunzio Scarano, detido na passada semana, terá alegadamente oferecido as suas contas para transferir dinheiro de amigos
A polícia italiana detetou mais 13 transferências de dinheiro suspeitas, através do banco do Vaticano, noticiou, esta quarta-feira, o jornal «Corriere della Sera». O diário afirmou que o monsenhor Nunzio Scarano, detido na passada semana, terá alegadamente oferecido as suas contas para transferir dinheiro de amigos.
As operações do suspeito foram superiores a um milhão de euros e semelhantes - no esquema - à transferência de 23 milhões de euros, que levou a uma investigação do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), nome oficial do banco do Vaticano, de acordo com o jornal.
O «Corriere della Sera» citou documentos da investigação contra Scarano, suspeito de autorizar amigos a usarem a sua conta no IOR. «Ele é uma fachada para os beneficiários económicos da operação e interrompeu o percurso do dinheiro», impedindo que os vestígios deixados fossem acompanhados, acrescentou.
Scarano tinha aparentemente acesso a várias contas do IOR em Itália e no estrangeiro, e a depósitos da agência que gere os bens do Vaticano (APSA), onde trabalhava, de acordo com o jornal, que citou a polícia italiana.
O padre foi detido sob suspeita de tentar transferir 20 milhões de euros para os irmãos D'Amico, proprietários de uma frota de petroleiros. Os advogados disseram que Scarano rejeitou a acusação.
O jornal adiantou que o inquérito vai, provavelmente, ser encerrado dentro de dias e os procuradores deverão apresentar acusações formais contra o então diretor geral do banco Paolo Cipriani e o vice-diretor Massimo Tulli, que apresentaram a demissão no princípio desta semana.
Muitos especialistas religiosos descreveram esta investigação como uma potencial revolução, que começou com a nomeação, em junho, de Battista Mario Salvatore Ricca para supervisionar a administração do IOR. Ricca é considerado um dos mais fiéis aliados do papa Francisco.
Na semana passada, o Papa criou uma comissão especial de cinco membros, cuja missão é investigar o banco e transmitir as informações direta e pessoalmente ao líder da Igreja católica. O primeiro relatório da comissão deverá estar pronto em outubro e poderá levar a maiores reformas no banco. O IOR não empresta dinheiro, mas gere fundos para os departamentos do Vaticano, obras católicas e congregações, bem como de padres e freiras que vivem e trabalham em todo o mundo. O banco gere fundos no montante de cerca de sete mil milhões de euros.
Em maio, Rene Bruelhart, diretor da Autoridade Financeira do Vaticano, afirmou terem sido comunicados seis relatórios de atividades financeiras suspeitas no Vaticano, no ano passado, e três pedidos de informação de autoridades estrangeiras.
As operações do suspeito foram superiores a um milhão de euros e semelhantes - no esquema - à transferência de 23 milhões de euros, que levou a uma investigação do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), nome oficial do banco do Vaticano, de acordo com o jornal.
O «Corriere della Sera» citou documentos da investigação contra Scarano, suspeito de autorizar amigos a usarem a sua conta no IOR. «Ele é uma fachada para os beneficiários económicos da operação e interrompeu o percurso do dinheiro», impedindo que os vestígios deixados fossem acompanhados, acrescentou.
Scarano tinha aparentemente acesso a várias contas do IOR em Itália e no estrangeiro, e a depósitos da agência que gere os bens do Vaticano (APSA), onde trabalhava, de acordo com o jornal, que citou a polícia italiana.
O padre foi detido sob suspeita de tentar transferir 20 milhões de euros para os irmãos D'Amico, proprietários de uma frota de petroleiros. Os advogados disseram que Scarano rejeitou a acusação.
O jornal adiantou que o inquérito vai, provavelmente, ser encerrado dentro de dias e os procuradores deverão apresentar acusações formais contra o então diretor geral do banco Paolo Cipriani e o vice-diretor Massimo Tulli, que apresentaram a demissão no princípio desta semana.
Muitos especialistas religiosos descreveram esta investigação como uma potencial revolução, que começou com a nomeação, em junho, de Battista Mario Salvatore Ricca para supervisionar a administração do IOR. Ricca é considerado um dos mais fiéis aliados do papa Francisco.
Na semana passada, o Papa criou uma comissão especial de cinco membros, cuja missão é investigar o banco e transmitir as informações direta e pessoalmente ao líder da Igreja católica. O primeiro relatório da comissão deverá estar pronto em outubro e poderá levar a maiores reformas no banco. O IOR não empresta dinheiro, mas gere fundos para os departamentos do Vaticano, obras católicas e congregações, bem como de padres e freiras que vivem e trabalham em todo o mundo. O banco gere fundos no montante de cerca de sete mil milhões de euros.
Em maio, Rene Bruelhart, diretor da Autoridade Financeira do Vaticano, afirmou terem sido comunicados seis relatórios de atividades financeiras suspeitas no Vaticano, no ano passado, e três pedidos de informação de autoridades estrangeiras.
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