A MENINA DEVIA TER VERGONHA NA CARA !
Enquanto escrevo este texto, sei que devem estar a ser produzidas novas definições ou explicações que nunca ouvi na vida do que quer dizer "carrasco", como recentemente aconteceu com a palavra "irrevogável".
Porém, como não me encontro nas galerias da casa da democracia, é-me permitido dizer o que penso à menina Assunção Esteves, sem a menina Assunção Esteves me pedir o favor de me retirar seja para onde for.
Sabemos que na Assembleia da República, cada vez mais gradeada e policiada, o protesto é manifestamente proibido por parte de visitantes (nós, que somos os visitantes da democracia), e no local que deveria ser o expoente máximo da democracia portuguesa, apenas a elite eleita (nalguns casos nomeada), tem direito à expressão.
Porém a menina Assunção Esteves devia ter a sensibilidade de entender que os tempos que a esmagadora maioria dos portugueses estão a viver (a menina não ... os outros portugueses), é particularmente assustadora, e nós sim, è que temos tido razões para ter medo.
É esta situação em que estamos a ser colocados (nós, os visitantes da sua democracia privada), a verdadeira causa dos protestos, e não um qualquer surto de falta de educação das pessoas, ou qualquer sentimento de prazer em ir aí interrompe-la ou causar-lhe incómodos.
Por isso, se quiser ficar indignada com alguma coisinha, indigne-se com a real causa do que tem vindo a suceder na "sua" Assembleia, e um pouco por todo o país sempre que um alto dirigente político sai à rua, indigne-se com a forma como estão a ser tratados, desempregados, explorados, taxados, gozados, vendidos e excluídos os portugueses ... (sff pense nisso)
... e por falar nisso ;
Diz também que os Srs seus colegas, amigos (ou seja lá o que for), não foram eleitos para serem desrespeitados. Julgo eu que o conceito não é bem esse. A relação entre eleitos e eleitores devia ter um sentido (penso eu), contrário. A menina e os que estão aí dentro, foram eleitos para RESPEITAREM.
Respeitarem os portugueses, os seus sonhos, direitos e aspirações (que não respeitam), respeitarem a lei (que não respeitam), respeitarem a Constituição Portuguesa (que não respeitam), e respeitarem a influência que as vossas decisões têm, na vida pessoal de milhões de pessoas ... (que não respeitam).
Deveria também a menina saber, já que cita Simone de Beauvoir, que a frase "Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes", tem um significado que torna ridícula a sua utilização, na situação em que a menina proferiu a frase (ou será que a torna ridícula a sí?).
Os "carrascos" a quem Simone de Beauvoir se referia, eram os ocupantes Nazis em território Francês, e segundo a minha modesta opinião, existindo Nazis, gente fascista, opressora de povos, ou no mínimo, alguém, na Assembleia da República, que faça negócios com ditadores, e dinheiro à custa de quem esses ditadores oprimem, não são com certeza aqueles a quem a menina se queria referir quando declamou Simone de Beauvoir ... são outros !
E por falar em carrascos ...
A utilização dessa palavra, para designar quem lhe paga mensalmente em ajudas de custo um valor de 2.133 euros como Presidente da Assembleia, em cima da reforma de 7.255 euros que recebe de pensão por dez anos de trabalho como juíza do Tribunal Constitucional (http://tiny.cc/s5x2zw), é uma afirmação que seria hilariante, se não fosse mais um exemplo de falta de respeito e de sensibilidade para com aqueles para quem a menina foi eleita para servir.
A menina paga a peso de ouro, no alto da sua poltrona, falando em carrascos, como se a menina e os Srs deputados aí presentes fossem algumas vítimas dos portugueses (e não o contrário), enquanto cidadãos são expulsos da Assembleia pela polícia, por a interromperem, não deixa de um quadro deveras surreal.
Mas os carrascos aí na Assembleia existem ...
não são è esses ... são outros.
Devia entender também a necessidade de conceder ao público e ao cidadão português (seu empregador, não seu carrasco), o livre acesso e o espaço ao protesto, manifestação e expressão pacifica, nesta conjuntura tão ... especial que vivemos (mais uma vez, não é a menina que vive, são os outros portugueses), mesmo que, essas manifestações de desagrado lhe causem algum incomodo, ou embaraço, porque enquanto estas podem ser exercidas pacificamente, minimizamos a necessidade que as pessoas possam vir a ter de enveredar por formas de se fazerem ouvir mais dramáticas, e isso seria muito triste.
O respeito é algo que se ganha, e nisso, a menina e os seus, estão a fazer um trabalho muito pobrezinho. E hoje, milhares e milhares de portugueses, aprenderam a respeita-la ainda menos.
Enquanto alguns discutem se é devido ou não algum pedido de desculpas aos portugueses, eu apenas lhe devolvo as suas próprias palavras terminando :
"FAÇA O FAVOR DE SE RETIRAR !"
Joao Henriques
https://www.facebook.com/ joao.anonimo.9
Grupo de Redacção do RiseUp Portugal
Enquanto escrevo este texto, sei que devem estar a ser produzidas novas definições ou explicações que nunca ouvi na vida do que quer dizer "carrasco", como recentemente aconteceu com a palavra "irrevogável".
Porém, como não me encontro nas galerias da casa da democracia, é-me permitido dizer o que penso à menina Assunção Esteves, sem a menina Assunção Esteves me pedir o favor de me retirar seja para onde for.
Sabemos que na Assembleia da República, cada vez mais gradeada e policiada, o protesto é manifestamente proibido por parte de visitantes (nós, que somos os visitantes da democracia), e no local que deveria ser o expoente máximo da democracia portuguesa, apenas a elite eleita (nalguns casos nomeada), tem direito à expressão.
Porém a menina Assunção Esteves devia ter a sensibilidade de entender que os tempos que a esmagadora maioria dos portugueses estão a viver (a menina não ... os outros portugueses), é particularmente assustadora, e nós sim, è que temos tido razões para ter medo.
É esta situação em que estamos a ser colocados (nós, os visitantes da sua democracia privada), a verdadeira causa dos protestos, e não um qualquer surto de falta de educação das pessoas, ou qualquer sentimento de prazer em ir aí interrompe-la ou causar-lhe incómodos.
Por isso, se quiser ficar indignada com alguma coisinha, indigne-se com a real causa do que tem vindo a suceder na "sua" Assembleia, e um pouco por todo o país sempre que um alto dirigente político sai à rua, indigne-se com a forma como estão a ser tratados, desempregados, explorados, taxados, gozados, vendidos e excluídos os portugueses ... (sff pense nisso)
... e por falar nisso ;
Diz também que os Srs seus colegas, amigos (ou seja lá o que for), não foram eleitos para serem desrespeitados. Julgo eu que o conceito não é bem esse. A relação entre eleitos e eleitores devia ter um sentido (penso eu), contrário. A menina e os que estão aí dentro, foram eleitos para RESPEITAREM.
Respeitarem os portugueses, os seus sonhos, direitos e aspirações (que não respeitam), respeitarem a lei (que não respeitam), respeitarem a Constituição Portuguesa (que não respeitam), e respeitarem a influência que as vossas decisões têm, na vida pessoal de milhões de pessoas ... (que não respeitam).
Deveria também a menina saber, já que cita Simone de Beauvoir, que a frase "Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes", tem um significado que torna ridícula a sua utilização, na situação em que a menina proferiu a frase (ou será que a torna ridícula a sí?).
Os "carrascos" a quem Simone de Beauvoir se referia, eram os ocupantes Nazis em território Francês, e segundo a minha modesta opinião, existindo Nazis, gente fascista, opressora de povos, ou no mínimo, alguém, na Assembleia da República, que faça negócios com ditadores, e dinheiro à custa de quem esses ditadores oprimem, não são com certeza aqueles a quem a menina se queria referir quando declamou Simone de Beauvoir ... são outros !
E por falar em carrascos ...
A utilização dessa palavra, para designar quem lhe paga mensalmente em ajudas de custo um valor de 2.133 euros como Presidente da Assembleia, em cima da reforma de 7.255 euros que recebe de pensão por dez anos de trabalho como juíza do Tribunal Constitucional (http://tiny.cc/s5x2zw), é uma afirmação que seria hilariante, se não fosse mais um exemplo de falta de respeito e de sensibilidade para com aqueles para quem a menina foi eleita para servir.
A menina paga a peso de ouro, no alto da sua poltrona, falando em carrascos, como se a menina e os Srs deputados aí presentes fossem algumas vítimas dos portugueses (e não o contrário), enquanto cidadãos são expulsos da Assembleia pela polícia, por a interromperem, não deixa de um quadro deveras surreal.
Mas os carrascos aí na Assembleia existem ...
não são è esses ... são outros.
Devia entender também a necessidade de conceder ao público e ao cidadão português (seu empregador, não seu carrasco), o livre acesso e o espaço ao protesto, manifestação e expressão pacifica, nesta conjuntura tão ... especial que vivemos (mais uma vez, não é a menina que vive, são os outros portugueses), mesmo que, essas manifestações de desagrado lhe causem algum incomodo, ou embaraço, porque enquanto estas podem ser exercidas pacificamente, minimizamos a necessidade que as pessoas possam vir a ter de enveredar por formas de se fazerem ouvir mais dramáticas, e isso seria muito triste.
O respeito é algo que se ganha, e nisso, a menina e os seus, estão a fazer um trabalho muito pobrezinho. E hoje, milhares e milhares de portugueses, aprenderam a respeita-la ainda menos.
Enquanto alguns discutem se é devido ou não algum pedido de desculpas aos portugueses, eu apenas lhe devolvo as suas próprias palavras terminando :
"FAÇA O FAVOR DE SE RETIRAR !"
Joao Henriques
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