Histórico Soares alerta para risco de "cisão" no PS em caso de acordo com direita
O histórico socialista Mário Soares está convencido de que não haverá um acordo tripartido para um “compromisso de salvação nacional”. Em declarações ao jornal Público, o antigo Presidente da República alerta mesmo para um risco de “cisão no PS” em caso de acordo com a direita, que “só iria beneficiar o PCP”.
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POLÍTICA
O antigo Presidente da República está por isso convencido de que não haverá qualquer acordo entre PSD, CDS e PS para um “compromisso de salvação nacional”. "Tenho a certeza que não vai haver acordo entre o PS e a direita do Governo, porque isso ia criar uma cisão no PS e só iria beneficiar o PCP", disse o histórico socialista ao jornal.
Mário Soares adianta que nos últimos dois dias "tem havido um conjunto de pessoas do PS que [o] têm procurado a dizer que saem do partido, se houver acordo", e, nesse sentido, o ex-chefe de Estado sublinha que "não pode haver acordo nenhum."
Ontem também Manuel Alegre, outro histórico socialista, afirmou, no jornal i, que tinha a garantia do actual secretário-geral do PS, António José Seguro, que não faria "nenhuma cedência" ao PSD e CDS para conseguir um acordo.
Ao Público, Soares adiantou que Seguro garantiu que não faria nada que pudesse traduzir-se numa "cisão" interna no PS. "Acho que o Seguro é um homem de carácter e vai cumprir aquilo com que se comprometeu com Manuel Alegre e comigo e, portanto, não vai fazer acordo nenhum", frisou o fundador do PS, para quem, se houvesse agora um acordo com a actual maioria parlamentar, o País "entrava num novo PREC [Processo Revolucionário em Curso, no pós-25 de Abril]" em que todos saíam a perder, à excepção do PCP.
Mário Soares adianta que nos últimos dois dias "tem havido um conjunto de pessoas do PS que [o] têm procurado a dizer que saem do partido, se houver acordo", e, nesse sentido, o ex-chefe de Estado sublinha que "não pode haver acordo nenhum."
Ontem também Manuel Alegre, outro histórico socialista, afirmou, no jornal i, que tinha a garantia do actual secretário-geral do PS, António José Seguro, que não faria "nenhuma cedência" ao PSD e CDS para conseguir um acordo.
Ao Público, Soares adiantou que Seguro garantiu que não faria nada que pudesse traduzir-se numa "cisão" interna no PS. "Acho que o Seguro é um homem de carácter e vai cumprir aquilo com que se comprometeu com Manuel Alegre e comigo e, portanto, não vai fazer acordo nenhum", frisou o fundador do PS, para quem, se houvesse agora um acordo com a actual maioria parlamentar, o País "entrava num novo PREC [Processo Revolucionário em Curso, no pós-25 de Abril]" em que todos saíam a perder, à excepção do PCP.
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