Cavaco no seu normal...
Com a falta de vergonha no focinho que os caracteriza, os partidos onde pontificam – para usar o termo tão caro ao mundo futebolístico – os bandidos e lacaios apostados em continuar a esmifrar milhões aos portugueses, a destruir a economia, em vender o país ao desbarato, passam agora, de forma tão automática quanto fraudulenta, ao discurso do crescimento, do reforço da economia, da criação de emprego. Isto, tendo a evidente intenção de continuar a política de recessão, capitulação e desastre que praticaram até aqui.
Com a falta de vergonha no focinho que os caracteriza, tanto PSD como CDS (como a cavacal figura), fazem de conta que não colocaram o país na situação miserável em que está e que basta o, digamos assim... “presidente”, decidir que tudo está normal e em “plenitude de funções”, para podermos recomeçar do zero, como se o país e os portugueses fossem uma qualquer espécie de maquineta electrónica digital, a que se pode fazer “reset”.
Depois de passar a maior parte do tempo, em que tartamudeou banalidades, a fazer desfilar uma enjoativa procissão de “ses” e “eu é que tenho razão”,Cavaco decidiu que os partidos que agora não se entenderam... vão ter que se entender no futuro.
Portanto... se ele é que tem razão, se nada do que aconteceu ou acontecerá pode mudar a política que Cavaco acha ser a que os mercados querem... e se os partidos que agora ele quis “coligar”, embora não o tendo feito agora, acabarão por fazê-lo... por que diacho haveria o povo - que não entra nestas equações cavacais ou dos mercados – de ser chamado a eleições antecipadas?
Serviu mais esta enjoativa palestra de Cavaco, pelo menos para uma coisa verdadeiramente “excitante, que foi ver nascer em directo na televisão a frase mais estúpida de toda esta crise política. Depois de ordenar a CDS, PSD e PS, que reunissem, se entendessem e assinassem um compromisso... Cavaco declarou hoje, com o ar solene que aquela sua cara “inteligente” permite:
«Desde a primeira hora, dei o meu apoio inequívoco à realização desse Compromisso»
Quer isto dizer que, se este “inequívoco apoio” a uma coisa que ele próprio determinou mereceu tal destaque, é porque Cavaco Silva terá, noutras ocasiões, aconselhado e ordenado coisas que não apoiava inequivocamente.
E pronto. Nada acaba aqui. Sei que a luta continua… e deve continuar em termos claros e recorrendo a argumentos e métodos escorreitos e legítimos… mas hoje estou farto!
Hoje, tudo o que me apetece dizer – e até fazer – é tão contraproducente e, há que confessá-lo, tão ostensivamente ilegal… que o melhor é que (por agora) fique “no tinteiro”.
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