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segunda-feira, 18 de março de 2013


CIA e MI6 sabiam que Iraque não tinha armas de destruição maciça
As secretas dos EUA e do Reino Unido ignoraram informações de dois elementos do regime de Saddam Hussein sobre a inexistência de um programa activo de armas de destruição maciça (ADM), segundo uma investigação da BBC.
CIA e MI6 sabiam que Iraque não tinha armas de destruição maciça
Lusa
MUNDO
A agência central de informações norte-americana CIA e os serviços de informações britânicos MI6 tiveram essas informações meses antes da invasão de Março de 2003, mas ignoraram-nas e não as revelaram em inquéritos posteriores, segundo a investigação, a emitir hoje à noite numa edição especial do programa Panorama.
O jornal britânico The Guardian, que viu a reportagem, escreve hoje que ela mostra como o então ministro dos Negócios Estrangeiros iraquiano, Naji Sabri, disse ao então chefe da CIA em Paris, Bill Murray, através de um intermediário, que o programa de ADM do Iraque era "virtualmente nada".
Numa declaração escrita, Naji Sabri afirmou que a história contada pela televisão britânica é "completamente inventada".
Segundo o programa, meses antes da guerra, um responsável do MI6 encontrou-se com o chefe dos serviços secretos do Iraque, Tahir Habbush al-Tikriti, que também assegurou que Saddam não tinha um programa ativo de ADM.
O encontro foi na capital da Jordânia, Amã, "dias antes de o Governo britânico publicar o agora grandemente desacreditado 'dossier' sobre as armas iraquianas em Setembro de 2002", escreve o jornal.
Lord Butler, alto funcionário à altura dos factos e que mais tarde dirigiu um inquérito sobre a utilização das informações na fase que antecedeu a guerra, disse à BBC que não teve conhecimento da informação dada por Sabri e que devia ter tido.
Segundo Butler, na utilização das informações recolhidas houve situações, "em todas as fases", em que "as pessoas foram induzidas em erro ou se induziram a si próprias em erro" do processo.


Segundo a BBC, o chefe da secreta britânica, Richard Dearlove, foi sobretudo sensível a informações de fontes iraquianas que mais tarde admitiu não serem de confiança.
O MI6 defendeu, também, as alegações de que o Iraque estava a comprar urânio ao Níger, mesmo depois de outras agências de informações, incluindo a francesa, as terem considerado infundadas.
A existência de um programa de ADM foi o principal argumento dos Estados Unidos e do Reino Unido para justificar a invasão do Iraque.
O jornal recorda que o então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse ao parlamento antes da guerra que as informações recolhidas mostravam que o programa iraquiano de armas nucleares, químicas e biológicas estava "activo" e "em crescimento".
O programa Panorama diz ter pedido uma entrevista ao ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, mas que este recusou por estar "demasiado ocupado".

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