Debate
PCP acusa PS de "perigoso jogo duplo" e bancada do Governo sorri
PS e PCP envolveram-se esta quinta-feira num aceso debate, com os socialistas a falarem em alianças encobertas entre comunistas e PSD nas autarquias e os comunistas a acusarem os socialistas de fazerem "perigoso jogo duplo" político.
DR
POLÍTICA
A discussão parlamentar, que provocou sorrisos na bancada do executivo, ocorreu a meio do debate da interpelação do PCP ao Governo e envolveu os deputados Miguel Laranjeiro (PS) e Honório Novo (PCP).
Miguel Laranjeiro fez uma intervenção de fundo em que acusou o Governo de ser "um factor de instabilidade" no País, de não ter "um único resultado positivo" para apresentar, de desrespeitar a concertação social em matéria de aumento do salário mínimo e de "não ouvir ninguém", tentando antes gerar "divisões entre os portugueses".
Perante estas palavras, Honório Novo acusou imediatamente o PS de "fazer um perigoso jogo duplo" político, alegando que "de manhã" os socialistas "indignam-se com o Governo, mas à tarde mandam aqui o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão substituir - e bem - o ministro Miguel Relvas em defesa do Governo".
Mas Honório Novo foi ainda mais longe e considerou que o actual PS já nem sequer ouve o fundador do partido, Mário Soares, citando então frases do ex-Presidente da República em defesa da resolução apresentada pelo PCP para a demissão do Governo.
"O senhor deputado Miguel Laranjeiro está do lado de Mário Soares ou está do lado de Jorge Lacão", questionou o deputado do PCP, motivando protestos ruidosos na bancada socialista.
Miguel Laranjeiro respondeu a Honório Novo em tom inflamado, alegando que a intervenção de Jorge Lacão contra a resolução do PCP se destinou a preservar o Regimento da Assembleia da República e que, por outro lado, "os portugueses conhecem agora os resultados da aliança do PCP com o PSD e do CDS" para chumbar o PEC IV e, consequentemente, para derrubar o anterior Governo.
O secretário nacional do PS para a Organização acusou ainda o PCP de ter alianças encobertas com o PSD em alguns municípios do País e disse que "a doença infantil" dos comunistas portugueses "é considerarem o PS como o principal inimigo".
"O secretário-geral do PCP [Jerónimo de Sousa] usa os seus fins-de-semana para atacar o PS e não o Governo. É isto que se vê", sustentou Miguel Laranjeiro.
Miguel Laranjeiro fez uma intervenção de fundo em que acusou o Governo de ser "um factor de instabilidade" no País, de não ter "um único resultado positivo" para apresentar, de desrespeitar a concertação social em matéria de aumento do salário mínimo e de "não ouvir ninguém", tentando antes gerar "divisões entre os portugueses".
Perante estas palavras, Honório Novo acusou imediatamente o PS de "fazer um perigoso jogo duplo" político, alegando que "de manhã" os socialistas "indignam-se com o Governo, mas à tarde mandam aqui o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão substituir - e bem - o ministro Miguel Relvas em defesa do Governo".
Mas Honório Novo foi ainda mais longe e considerou que o actual PS já nem sequer ouve o fundador do partido, Mário Soares, citando então frases do ex-Presidente da República em defesa da resolução apresentada pelo PCP para a demissão do Governo.
"O senhor deputado Miguel Laranjeiro está do lado de Mário Soares ou está do lado de Jorge Lacão", questionou o deputado do PCP, motivando protestos ruidosos na bancada socialista.
Miguel Laranjeiro respondeu a Honório Novo em tom inflamado, alegando que a intervenção de Jorge Lacão contra a resolução do PCP se destinou a preservar o Regimento da Assembleia da República e que, por outro lado, "os portugueses conhecem agora os resultados da aliança do PCP com o PSD e do CDS" para chumbar o PEC IV e, consequentemente, para derrubar o anterior Governo.
O secretário nacional do PS para a Organização acusou ainda o PCP de ter alianças encobertas com o PSD em alguns municípios do País e disse que "a doença infantil" dos comunistas portugueses "é considerarem o PS como o principal inimigo".
"O secretário-geral do PCP [Jerónimo de Sousa] usa os seus fins-de-semana para atacar o PS e não o Governo. É isto que se vê", sustentou Miguel Laranjeiro.
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