Morte de Chávez ameaça deixar órfãs as relações com Portugal
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Mudou o Governo, mantiveram-se os elogios a Hugo Chávez. Quando exportar é a arma contra a crise, a morte do líder venezuelano ameaça exportações que já superam os 500 milhões de euros, numa relação bilateral ancorada no Magalhães, na energia e na construção. No entanto, a era pós-Chávez pode trazer novas oportunidades de negócio.
Numa altura em que as exportações são encaradas como a principal saída para as empresas portuguesas e para o próprio País, a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, levanta interrogações sobre as relações bilaterais, que o controverso estadista aprofundou nos últimos anos.
O computador Magalhães é o principal símbolo mediático das trocas comerciais entre Portugal e a Venezuela, mas as exportações nacionais para este país da América Latina, que terão superado os 500 milhões de euros no ano passado, segundo números preliminares do Governo, vão muito para além da tecnologia.
As imagens de Chávez, que faleceu na passada terça-feira, aos 58 anos, vítima de cancro, a publicitar o computador portátil fabricado pela JP Inspiring Knowledge, então conhecida como JP Sá Couto, perduram na memória.
Desde 2007, as exportações portuguesas com destino ao mercado venezuelano aumentaram 10 vezes e só no primeiro semestre de 2012 ascenderam a mais do dobro do período homólogo, evoluindo de 58 milhões de euros para 156 milhões, segundo os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Mais uma vez, o contributo do Magalhães foi determinante: o projeto iniciado pelo Governo de José Sócrates terá continuação em 2013, ano em que a Venezuela estima produzir 1,2 milhões de unidades do computador de tecnologia portuguesa.
"AMIGO DE PORTUGAL"
Apesar das divergências ideológicas, os imperativos da realpolitik levaram o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros a considerar, ontem, que Hugo Chávez era um amigo de Portugal, que sempre respeitou a comunidade portuguesa e que marcou a história da América Latina.
"Por um lado, o presidente Chávez sempre respeitou a comunidade portuguesa na Venezuela, que é muito significativa, por outro, do ponto de vista das relações económicas, elas atingiram um patamar elevado e novo", constatou Paulo Portas.
Refira-se que estava prevista para este mês a realização, em Caracas, de uma visita da Comissão Mista de Acompanhamento Portugal/ Venezuela.
Numa altura em que as exportações são encaradas como a principal saída para as empresas portuguesas e para o próprio País, a morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, levanta interrogações sobre as relações bilaterais, que o controverso estadista aprofundou nos últimos anos.
O computador Magalhães é o principal símbolo mediático das trocas comerciais entre Portugal e a Venezuela, mas as exportações nacionais para este país da América Latina, que terão superado os 500 milhões de euros no ano passado, segundo números preliminares do Governo, vão muito para além da tecnologia.
As imagens de Chávez, que faleceu na passada terça-feira, aos 58 anos, vítima de cancro, a publicitar o computador portátil fabricado pela JP Inspiring Knowledge, então conhecida como JP Sá Couto, perduram na memória.
Desde 2007, as exportações portuguesas com destino ao mercado venezuelano aumentaram 10 vezes e só no primeiro semestre de 2012 ascenderam a mais do dobro do período homólogo, evoluindo de 58 milhões de euros para 156 milhões, segundo os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Mais uma vez, o contributo do Magalhães foi determinante: o projeto iniciado pelo Governo de José Sócrates terá continuação em 2013, ano em que a Venezuela estima produzir 1,2 milhões de unidades do computador de tecnologia portuguesa.
"AMIGO DE PORTUGAL"
Apesar das divergências ideológicas, os imperativos da realpolitik levaram o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros a considerar, ontem, que Hugo Chávez era um amigo de Portugal, que sempre respeitou a comunidade portuguesa e que marcou a história da América Latina.
"Por um lado, o presidente Chávez sempre respeitou a comunidade portuguesa na Venezuela, que é muito significativa, por outro, do ponto de vista das relações económicas, elas atingiram um patamar elevado e novo", constatou Paulo Portas.
Refira-se que estava prevista para este mês a realização, em Caracas, de uma visita da Comissão Mista de Acompanhamento Portugal/ Venezuela.
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