«É frio, calculista, muito determinado» e «obcecado por informação», mas deixou-se apanhar com as centenas de sms que fez questão de guardar ou com ficheiros de telemóvel onde constam informações sobre figuras públicas, incluindo a sua orientação sexual. Provas que serão usadas na Justiça e que também atingem o Governo.
Jorge Silva Carvalho, antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e ainda quadro do grupo Ongoing nunca deixou de espiar. «É doido por informação. Está a falar consigo e a registar tudo no seu smartphone», conta ao SOL fonte próxima dos serviços de informação.
A obsessão é tal que até guardava informação, em papel, em casa. Durante a investigação do Ministério Público – que, na semana passada, o acusou de corrupção, abuso de poder, violação do segredo de Estado e de acesso ilegítimo agravado por usar as informações das ‘secretas’ para se promover junto do mundo empresarial – foram encontradas nos telemóveis usados por Silva Carvalho centenas de ficheiros com os contactos de personalidades públicas influentes, mas também informações detalhadas sobre a sua vida amorosa ou preferências sexuais.
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