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segunda-feira, 25 de março de 2013

FORÇAS ARMADAS PARA QUÊ?

Informação do embaixador do império em Lisboa, para o terrorista de serviço:

- «Portugal move-se pelo desejo de ter brinquedos caros».
- «O ministério da Defesa compra armamento por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não».
- «Os militares têm uma cultura de “statu quo” em que as posições chaves são preenchidas por carreiristas que evitam entrar em controvérsias, em vez de serem preenchidas com pensadores criativos, promovidos pelo seu desempenho».
- «Espera o tempo suficiente, dizem-nos os oficiais, e chegarás a coronel ou general. Esta cultura fomenta um pensamento adverso a correr riscos e um corpo de oficiais superiores para quem adiar uma decisão é quase sempre a melhor decisão».

(mostrado por Wikileaks)

Questão magna sobre a independência de Portugal. Deveremos ter forças armadas ou elas não são mais que um pretexto para que umas dezenas (e são de mais) de generais se entreterem a brincar à geo-política, à geo-estratégica “i tutti quanti”?

Quem já não viu essa figura fundamental do pensamento castrista, esse filósofo de raciocínio erecto e muralhado, qual Ajax moderno, o inenarrável Loureiro dos Santos, debitar a necessidade imperiosa da participação militar portuguesa nos vários palcos (como um espectáculo?) de operações pelo mundo? É vê-lo dizer que estado que é Estado deve comportar umas FA modernas e de grande mobilidade para assegurar a independência nacional. COMO SE VÊ À SACIEDADE EM PORTUGAL.

A esta piedosa elocubração de fervor bélico em nome da grei, também lhe dá guarida intelectual (?) assinada esse peralvilho que dá pelo nome de Aguiar Branco, agente transnacional da negociata sumptuosa do financeirismo internacional de venda ao desbarato de Portugal.

As FA, que dizem ser o garante da independência nacional, nada fazem para garantir, (como jamais tinha acontecido desde o “Ultimato” do Salisbury), a invasão alemã e a rendição sem luta ao poder do economicismo neo-liberal, capítulo modernaço do fascismo empedernido do assalto aos povos. Não é no Afeganistão nem no Kosovo que os nossos militares devem estar, mas antes, na vigilância cerrada perante a arremetida mortal do estrangeiro.

Se um Estado só o é com forças armadas, risque-se do mapa a Costa Rica e a Islândia e mande-se regressar à Pátria os embaixadores que constam acreditados nesses inexistentes Estados, que não têm esse referencial “lava mais branco” com que o generalato nos quer proteger. E já agora, ficamos conversados quanto à desanuviadora acção dos bravos suiços da alabarda do Estado do Vaticano.

Estado que existe ou não? “Que dirá o santo padre?”.


Guilherme Antunes (facebook)

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