Aprender, aprender, aprender sempre *
Anda uma família a trabalhar toda a vida e a fazer sacrifícios para pôr um moço a estudar e ser alguém... para, passados anos e durante muito tempo, só lhe chegarem sinais contraditórios e inquietantes, sobre o resultado de tanto esforço.
Finalmente, num último e serôdio esforço, manda-se o moço para Paris, estudar Ciência Política e ao fim de quase dois anos... finalmente! Finalmente são evidentes os resultados! Finalmente é farta a recompensa! Basta ver e ouvir a desenvoltura com que o moço sabe utilizar a palavra “narrativa”.
Parece um milagre, ao nível dos melhores momentos do exame de anatomia do Vasquinho n’A Canção de Lisboa. Que profundidade, que assertividade, que pronúncia, que sentido de oportunidade... e isto em todas, todas a 397 vezes que disse “narrativa” numa só entrevista!
Pronto... parece que não terão sido 397, mas sim 48 vezes (pelo menos pelas contas do Vítor Dias), o que não retira valor algum ao extraordinário feito!
Que palavra aprenderá o moço no próximo período lectivo?
* Esta, francamente, o Vladimir Ilitch Lenine não merecia!
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