A Patrícia R veio à minha página saudar o fascista Bolsonaro, eleito com um discurso de ódio aos comunistas, socialistas, petistas, homossexuais e índios, que já propôs a legalização do uso de armas de fogo (uso pelos pobres para se defenderem dos ricos não será certamente !) que servem para matar o próximo. Tudo a coberto do princípio "Deus acima de todos".
Ao mesmo tempo, na sua página, a Patrícia mostra muito apreço pela posição do Papa Francisco, por afirmar que vale mais ser ateu que ser um cristão que vai à missa todos os dias e que sai de lá a odiar o próximo.
As minhas questões são estas:
- Como é que a Patrícia compatibiliza a admiração por um indivíduo, o Bolsonaro, que baseia o seu discurso político no ódio a todos os que são diferentes e que não pensam como ele, com a admiração que diz ter pelo Papa Francisco, que nas suas prédicas mostra respeitar os homens e mulheres pela humanidade dos valores que praticam, que condena a hipocrisia dos que se dizem adoradores do Deus mas que, depois de encherem a boca de hóstias, saem da igreja a odiar o próximo ?
-Se a Patrícia tem uma fé, o que é que nela lhe manda estar de acordo com quem odeia os que professam outra fé diferente ou àqueles que não tenham fé nenhuma ?
- Que religião é essa que manda que se odeie e persiga os que são comunistas ou socialistas, os que são pretos ou índios, os que são homossexuais ou os que não sejam 'nem azuis nem rosa', que fé manda, em suma, odiar os que são pobres a trabalhar ?
Gostava, sinceramente, que fizesse o favor de me responder, porque na minha "desumanidade" de ateu e comunista preciso, quase desesperadamente, de perceber pessoas como a Patrícia R.
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Post Scriptum: a Patrícia R tem frequência universitária, trabalha num Shopping, provavelmente com contrato precário, tem salário baixo e faz trabalho extraordinário que o patrão não paga.
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