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domingo, 18 de fevereiro de 2018

PCP/Madeira acusa governantes de abandonarem afetados pelo temporal de 2010



O coordenador do PCP na Madeira, Edgar Silva, considerou hoje que as pessoas afetadas pela tempestade de 20 de fevereiro de 2010 na região foram "abandonadas pelos governantes" e que é "inadmissível" existirem situações por resolver.
"É inadmissível que, depois de tantos esbanjamentos de dinheiros públicos, ainda existam tantas populações [afetadas pela tempestade] do 20 de fevereiro completamente abandonadas pelos governantes", afirmou o responsável comunista madeirense.
Sexta-feira, o PCP/Madeira deu início a uma série de oito iniciativas destinadas a alertar para problemas provocados pelo temporal ocorrido em 2010 e que provocou prejuízos materiais avaliados em 1.080 milhões de euros, dando lugar à elaboração da denominada Lei de Meios destinada aos planos de reconstrução.
"A Madeira deveria ter vergonha e o país devia sentir uma enorme indignação, quando existem governantes que, oito anos depois de tão grande catástrofe e depois dos enunciados 1.080 milhões de euros, ainda nada fizeram pelo socorro de tanta gente", afirmou Edgar Silva.
O dirigente do PCP regional referiu que, "passados oito anos sobre aquela aluvião", em muitas das localidades mais afetadas pela destruição ainda não foi colocado em prática qualquer projeto ou financiamento da Lei de Meios.
"Nenhuma proteção chegou às populações", vincou o coordenador do PCP insular numa iniciativa partidária nos arredores do concelho do Funchal.
O temporal de 20 de fevereiro de 2010 foi um dos mais graves na Madeira nos últimos dois séculos no arquipélago.
A tempestade provocou 43 mortos e seis desaparecidos, além de 250 feridos e 600 desalojados. A empresa pública Investimentos Habitacionais da Madeira viu-se forçada a intervir na recuperação e construção de 800 casas, num investimento de 14,89 milhões de euros.
Os concelhos mais afetados foram Funchal, Santa Cruz, Câmara de Lobos e Ribeira Brava (todos na costa sul da ilha), sendo os prejuízos materiais avaliados em 1.080 milhões de euros.
A dimensão da ocorrência levou a Assembleia da República a aprovar a Lei de Meios para financiar as iniciativas de reconstrução da Madeira, fixando um pacote de 740 milhões de euros a ser aplicado no período 2010-2013, prazo que, entretanto, foi alargado.
A região beneficiou também de uma ajuda de 265 milhões de euros do União Europeia, através do Fundo de Coesão.


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