Já pensou em fazer um cruzeiro na Amazônia com serviço de luxo all inclusive? O Iberostar Grand Amazon é um “hotel navio” que navega há mais de uma década pelas águas dos rios Solimões e Negro, em plena Floresta Amazônica.
O barco conta com 73 cabines com varandas (e mais duas suítes royal), restaurante, bares, duas piscinas, jacuzzi, academia, salão que funciona como teatro e discoteca, loja e até um pequeno SPA para massagens. Durante todos os dias a bordo, há excursões de lancha com atividades que vão de nadar com botos a focagem de jacarés, como contaremos detalhadamente abaixo.
CRUZEIRO NA AMAZÔNIA
VÍDEO
AS CABINES
Gostei muito do tamanho e decoração das cabines. Achei maior que a de um navio de grande porte. Outra coisa que me agradou foi o fato de todas terem varandas individuais.
Elas são equipadas com cama de casal ou duas camas de solteiro, televisão LCD com sinal em HD, ar condicionado, telefone, cofre eletrônico, cafeteira, minibar com bebidas à disposição (águas, refrigerantes e cervejas), salgadinhos e ainda possuem serviço de quarto.
Os banheiros são amplos, possuem box de vidro, secador de cabelos e amenities da própria marca Iberostar.
ROYAL SUÍTE
Duas suítes localizadas na frente do barco são bem maiores, possuem inclusive uma antessala com sofá e mesa de jantar. A varanda também é bem mais ampla, com espreguiçadeiras. Além da cama king size, outro diferencial é a banheira na suíte.
LAZER E ENTRETENIMENTO
No andar superior do Iberostar Grand Amazon fica o espaço mais procurado pelos hóspedes, um deck com piscinas, jacuzzi, espreguiçadeiras, mesas em um espaço coberto ao lado do bar e do buffet grill.
Além de também ser o local de onde se tem também a melhor vista desse cruzeiro na Amazônia, o deck serve de espaço de convivência e tem inclusive shows com música ao vivo e brincadeiras, como bingo e quiz.
No primeiro andar do barco funciona um teatro/discoteca onde também há apresentações musicais e folclóricas, além de palestras sobre a vida selvagem amazônica.
A programação de entretenimento é bem ampla, independente se seu roteiro é pelo Rio Negro ou pelo Solimões. Excursões de lancha rápida partem pela manhã, à tarde e até mesmo à noite para observação de jacarés, botos e outros animais, visitas à comunidades indígenas e caminhadas pela selva. O melhor: esses tours também já estão inclusos na tarifa.
GASTRONOMIA
O serviço all inclusive desse navio/hotel segue a mesma linha do Iberostar na Bahia quando o assunto é qualidade dos alimentos e bebidas. O serviço é de pensão completa, ou seja, você nem precisará encostar na sua carteira.
São dois restaurantes, o Grill, no deck superior, e o Kuarup, que é o principal, onde é servido o café da manhã, almoço e jantar. A variedade é grande nesse último espaço, desde a rica culinária amazônica até opções para quem não é muito fã de peixes ou “comidas diferentes”.
Além do buffet há pratos à la carte que podem ser servidos diretamente nas mesas.
Bebidas alcoólicas ou não também são inclusas nesse cruzeiro na Amazônia. Entre as opções estão sucos de frutas locais, espumantes, vinhos e destilados de marcas internacionais, como whisky e vodka. No deck da piscina há um barman à disposição que prepara drinks deliciosos, dos mais variados.
OS ROTEIROS
São dois os itinerários oferecidos semanalmente pelo Iberostar Grand Amazon, podendo os dois roteiros serem combinados em sete noites: Rio Solimões (3 noites) ou Rio Negro (4 noites).
NOSSA EXPERIÊNCIA
DIA 1
Nosso cruzeiro na Amazônia começou numa tarde de segunda, que é quando se dá início o roteiro pelo Rio Negro a bordo do Iberostar Grand Amazon. Fomos recebidos à tarde com sucos locais e alguns quitutes para “beliscar” antes do check-in e de conhecer a cabine.
Às 18h, com um pôr do sol de tirar o fôlego e ao som de música clássica, ouvimos os primeiros apitos. Era sinal de que nosso barco/hotel estava zarpando.
Na primeira noite um coquetel de boas vindas é oferecido no deck da piscina, enquanto os hóspedes assistem ao pôr do sol e veem o porto de Manaus ficando pra trás. Ainda na mesma noite, houve um divertido show de mágica no teatro/disco logo após o jantar.
DIA 2
Esse talvez seja o dia em que você se sinta mais em contato com a floresta. O sinal de celular praticamente não existe e você só enxerga o rio e a mata da sua varanda. O dia começou cedo, quando subimos nas lanchas para fazer uma caminhada na selva.
Nosso guia era excelente, se chama Piro, um índio que agora virou “faz tudo” no barco. Além de comandar grupos de turistas, ele encara jacarés e cobras, canta, toca instrumentos musicais como flauta peruana, se apresenta no teatro e comanda até o bingo, que teve como prêmio uma massagem de 30min a bordo.
A caminhada foi bem tranquila, havia no nosso grupo muitos idosos e todos encararam a trilha de mais de duas horas. O Piro foi contando histórias, explicando a fauna e a flora.
Voltamos para o barco, curtimos os snacks no Grill e a piscina. Depois do almoço partimos para outra expedição pelo Arquipélago de Anavilhanas, dessa vez sem desembarcar da lancha. O pôr do sol foi espetacular e deu até para fazer uma focagem de jacarés, passeio que faríamos outro dia.
DIA 3
O café da manhã sempre começa cedo, já que os passeios partem às 8h em ponto. As opções são muitas e deliciosas. Ótimo para encarar um dia repleto de atividades.
Nesse dia fomos a uma comunidade de índios Kambeba. Fomos recebidos com danças e uma palestra sobre a vida dessa tribo no meio da floresta. Só não espere índios nus ou selvagens, eles moram em casas e têm até Wi-Fi (oba!), apesar de valorizarem muito sua cultura.
Aqui conhecemos um projeto bem legal que construiu uma escola para mais de 200 estudantes assistirem às aulas por teleconferência. Eles ficam conectados com outras comunidades e com os professores em Manaus.
Voltamos ao barco para o almoço e logo saímos para outra excursão, dessa vez os hóspedes podiam optar por fazer pesca de piranha na região do rio Ariaú ou fazer uma visita à população local do Lago Acajatuba para conhecer os processos de produção da farinha de mandioca brava e da tapioca (com degustação).
À noite houve um jantar especial de comida amazônica, uma ótima chance para degustar pratos e conhecer melhor a cultura local. Esse evento surgiu da sugestão de hóspedes e realmente merece ficar na programação fixa.
Esse foi o dia mais intenso, ainda houve outro tour noturno para focagem de jacarés (nosso guia até segurou um) e outros animais na selva.
DIA 4
O quarto dia começou bem cedo, com um passeio matinal antes das 6h para ver o nascer do sol e o acordar dos animais da Amazônia. Como a focagem de jacaré foi até tarde na noite anterior, acabei pulando essa atividade.
Mas às 8h, saímos para outra excursão, dessa vez uma das mais legais. Em uma das paradas tivemos contato com macaquinhos selvagens doidos por bananas (leve uma do café da manhã).
Logo depois, fomos nadar com botos. Foi uma experiência incrível ter contato com esses animais.
À tarde, em outra atividade, visitamos o Museu do Seringal Vila Paraíso, já no caminho de volta a Manaus. Conhecemos como era a vida dos seringueiros que vieram de diversos pontos do país e do exterior para trabalhar nessas fazendas.
Foi aqui também que tivemos a sorte de ver o bicho-preguiça. Na realidade foram dois, uma mãe e um filhotinho que desceram da árvore, posaram pras fotos e voltaram para a vida selvagem.
Nessa última noite a bordo, acontece um jantar com o capitão. Todos se produzem, homens de camisa e mulheres de vestidos. Mesmo com tantos dias de farto cardápio, a equipe do restaurante Kuarup ainda consegue surpreender.
Logo após o jantar, houve um show folclórico no teatro/disco com apresentações de boi bumbá. Foi bem legal conhecer melhor a famosa disputa do Festival de Parintins.
DIA 5
No último dia de cruzeiro na Amazônia acordamos bem cedo. Às 6h, pouco depois do nascer do sol, o Iberostar Grand Amazon navega no Encontro das Águas, curioso fenômeno que ocorre no encontro dos rios Negro (com águas escuras) e o Solimões (barrento). As águas percorrem quilômetros lado a lado sem se misturarem. É aqui que nasce o rio ganha o nome de Amazonas.
Infelizmente esse horário não é o melhor para ver o fenômeno. Já fui à tarde e o contraste ficava muito mais forte.
Chegamos ao porto de Manaus logo após o café da manhã, por volta de 8h. O desembarque é bem tranquilo, pois as malas já foram levadas à recepção e os grupos vão saindo aos poucos.
Foi uma experiência surpreendente e eu nem sou das pessoas que mais amam estar em meio à vida selvagem. Realmente é um serviço diferenciado que consegue levar luxo e conforto à Floresta Amazônica. Ainda volto para fazer o roteiro do Rio Solimões.
* O jornalista viajou a convite do Iberostar Grand Amazon, mas todas as opiniões dadas aqui são isentas e imparciais, o que reflete sua real experiência.
www.essemundoenosso.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário