No Reino Unido, a pressão aumenta sob Theresa May. A imprensa britânica diz estar em curso uma rebelião de um grupo deputados e ministros conservadores para tornar primeiro-ministro Boris Johnson.
A atual instabilidade que atravessa o governo britânico tem na sua base a posição dúbia de Theresa May quanto à União Aduaneira. No fim-de-semana, o Sunday Times revelava que Boris Johnson estaria pronto para assumir o poder.
Boris Johnson foi uma das caras da campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia e continua um acérrimo defensor de um brexit mais radical com a saída do país do mercado único e da União Aduaneira.
Só assim, dizem os defensores do brexit, o Reino Unido pode estabelecer acordos comerciais com outros países.
Por isso, não foi com bons olhos que Boris Johnson e os seus camaradas para o brexit viram Theresa May equacionar uma possível União Aduaneira durante uma entrevista televisiva aquando da visita à China na semana passada.
O assunto é de tal maneira sensível que levou mesmo Downing Street a emitir um comunicado esta segunda-feira que garante que a proposta do governo não passa pela participação na União Aduaneira atual, nem em qualquer outra União Aduaneira.
Já a ministra do Interior joga com as palavras de maneira diferente e diz que o Reino Unido pretende um entendimento aduaneiro ou parceria aduaneira.
O certo é que há muito que Theresa May está entre a espada dos ministros pró-Europa e a parede dos governantes anti-União Europeia.
A cada passo negocial, a primeira-ministra tem tido a preocupação constante de agradar a gregos e a troianos. Mas com as negociações prestes a entrarem na segunda fase, Theresa May vê a sua missão cada vez mais complicada.
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