A festa do carnaval surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-Feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma.
A palavra "Carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de "festa do adeus à carne" marcado pela expressão carnis levale, que, acabou por formar a palavra "Carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "levale" significa retirar. Era o último dia, então, que se podia comer carne, seguindo-se posteriormente o rigoroso jejum, com abstinência de alimentos de origem animal.
Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-Feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-Feira Gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras).[O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
Sobre a origem da palavra, não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que a palavra Carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne).
Esta interpretação da origem etimológica da palavra leva-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma, uma pausa de 40 dias nos excessos cometidos durante o ano, excessos esses que incluem, segundo a religião católica, a alimentação. Assim, a Quaresma era, na sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos como a carne.
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