A greve dos operadores de armazém das logísticas da Sonae, na Maia e na Azambuja, por aumentos salariais, pelo fim da discriminação na sua carreira profissional e contra a precariedade, obteve uma elevada adesão
Para além da grande adesão à greve, os trabalhadores da logística da Sonae realizaram piquetes de greve e manifestações na Maia e na Azambuja, informa o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Há operadores de armazém das logísticas da Sonae, com «cinco, dez, 15, 20 anos de casa», que auferem 557 euros. O sindicato denuncia que a Sonae anunciou salários de 565 euros para as novas admissões, valor que não abrange todos os trabalhadores, para além de não ser reconhecida a diferenciação entre níveis de qualificação.
A empresa paga a estes trabalhadores baixos salários, mas não deixam de anunciar estrondosos lucros – a própria Sonae anunciou que em 2016 teve lucros de 500 mil euros por dia.
Continua a existir a diferença entre a carreira profissional de operador de armazém e a de operador de loja, sendo que, no topo da carreira, as diferenças salariais chegam a ultrapassar os 80 euros por mês. O sindicato afirma que continua a não haver uma proposta, quer da Sonae, quer da associação patronal (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição – APED) para que haja uma correcção desta discriminação.
A empresa paga a estes trabalhadores baixos salários, mas não deixam de anunciar estrondosos lucros – a própria Sonae anunciou que em 2016 teve lucros de 500 mil euros por dia. Os trabalhadores também lutam pela passagem a efectivos dos trabalhadores contratados a termo ou colocados por empresas de trabalho temporário.
Perante a mobilização dos trabalhadores, a Sonae, em reuniões que teve com o CESP no dia 22 de Fevereiro e hoje mesmo, já anunciou que está a trabalhar em conjunto com a APED para a apresentação de uma contraproposta que vá ao encontro das reivindicações dos trabalhadores. Segundo afirma o sindicato, os trabalhadores estão determinados em prosseguir as acções de protesto se na reunião de negociação do contrato colectivo agendada para o dia 9 de Março não forem apresentadas propostas que venham ao encontro das reivindicações dos trabalhadores.
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