Trabalhadores da Groundforce em greve contra “postura de desrespeito” da empresa
Os trabalhadores da Groundforce no aeroporto de Lisboa vão fazer greve entre as 9h e as 14h, que termina com concentração em frente ao edifício da administração da TAP.
Os trabalhadores da Groundforce no aeroporto de Lisboa cumprem esta sexta-feira uma nova greve, entre as 09h00 e as 14h00, que termina com uma concentração em frente ao edifício da administração da TAP, acionista minoritário da empresa.
Designada como ‘Marcha dos Recibos’, a iniciativa insere-se na luta dos trabalhadores da SPdH – Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contra o que dizem ser “uma postura de desrespeito” da empresa de assistência em terra.
Em declarações à Lusa, o coordenador do SITAVA Fernando Henriques aponta “o uso e abuso de horários penalizadores, na utilização abusiva de trocas de horário e na proliferação da precariedade, com centenas de trabalhadores temporários e falsos prestadores de serviços”.
Na base do protesto está ainda o facto de “não haver qualquer atualização salarial desde 2008″, referindo que “já este ano, a empresa aumentou o salário do seu administrador executivo, Guilhermino Rodrigues, de 9.000 para 9.900 euros mensais, enquanto cerca de 400 trabalhadores ganham pouco mais do que o salário mínimo”.
Fonte oficial da Groundforce Portugal garantiu recentemente que “todos os compromissos assumidos para 2015 estão a ser cumpridos”, referindo a possibilidade de uma negociação salarial que “está em curso”, apesar de não ser prevista.
A empresa de assistência nos aeroportos, detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos, rejeita ainda que “existam constantes trocas de horários”. “Neste momento, no verão IATA, pico da operação, com normais alterações e irregularidades operacionais, a Groundforce Portugal regista uma taxa de alteração de horários abaixo dos 7% face ao normal cumprimento de horários”.
O protesto dos trabalhadores inicia-se às 9h00, com uma concentração em frente à estação do metro do aeroporto, prosseguindo com uma marcha, pelas 10h30 até ao edifício 25 da TAP, onde está a administração da transportadora, onde se manterão até ao início da tarde.
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