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quinta-feira, 30 de julho de 2015

BRASIL - Foco de polêmica nos EUA, bandeira confederada é celebrada no interior de SP

O BRASIL NÃO É APENAS UM PAÍS DE GRANDES CONTRASTES, OU DE DESEQUILÍBRIOS HUMANOS ABISSAIS: O BRASIL É SOBRETUDO UM PAÍS DE COMPLEXAS ALIENAÇÕES.

Martinho Júnior (facebook)


Foco de polémica nos EUA, bandeira confederada é celebrada no interior de SP
Bradley Campbell PRI's The World
• 24 junho 2015
Bandeira está em toda parte na festa tradicional entre descendentes de americanos de Santa Bárbara d’Oeste
O debate sobre a bandeira dos Estados Confederados voltou a ganhar fôlego entre os americanos, após o massacre na semana passada em uma histórica igreja da comunidade negra na cidade de Charleston, em que um atirador matou nove pessoas – um crime que teria sido motivado por ódio racial.

A bandeira foi usada pelos Estados do sul do país durante a Guerra Civil (1861 - 1865), quando estes, os chamados Estados Confederados, buscaram independência para impedir a abolição da escravatura. Para os negros, a bandeira é vista como um símbolo da supremacia branca.

Mas não é apenas nos Estados Unidos que a polêmica bandeira é hasteada. Ele é alçada às alturas também em Santa Bárbara D’Oeste, uma cidade no interior de São Paulo, a 140 quilômetros da capital.

Todos os anos, há uma festa tradicional dos descendentes dos cerca de 10 mil confederados que deixaram os Estados Unidos com destino ao Brasil durante a Guerra Civil americana.
"A Festa Confederada tem coisas que são estereótipos do sul do país (EUA) como dançar 'square dance' (semelhante à quadrilhas), comer frango frito e ouvir George Strait (cantor de country)", conta Asher Levine, correspondente da agência de notícias Reuters em São Paulo.
"E a bandeira dos Estados Confederados está em todos os lugares."
'Cena surpreendente'
Apesar de estarem na sexta ou sétima geração, muitos moradores de Santa Bárbara ainda mantém uma forte ligação com a cultura sulista americana e ficam orgulhosos de portar a bandeira confederada.

Mas segundo Levine, para os moradores, a bandeira é mais um símbolo étnico do que político.
"Até um certo ponto, eles se veem como etnicamente americanos", diz o jornalista. "Em um festival italiano, você vê pessoas com bandeiras da Itália. Ou no Saint Patrick's Day, com bandeiras da Irlanda. É isso. Não há afiliação política nem nada disso."
Para repórter americano, símbolo não carrega uma conotação política entre os moradores de Santa Bárbara
Com o passar do tempo, os descendentes americanos se misturaram aos brasileiros. Assim, há pessoas de diferentes cores de pele carregando a bandeira dos Estados Confederados – uma cena que pode surpreender os americanos.
"Muitos dos descendentes desses confederados têm sangue africano também, então você vê pessoas negras com a bandeira", diz Levine.
Ele conta que conversou com um americano no festival que ficou completamente chocado ao ver uma menina cantando Amazing Grace – que costuma ser cantado em igrejas da comunidade negra – com uma bandeira dos Estados Confederados.
O símbolo, aliás, está também em bandeirinhas levadas por crianças e em estampas de vestidos usados por muitas mulheres.
"Para eles, o simbolismo foi totalmente perdido. Mas para nós (americanos), é um grande contraste."
Levine diz ainda que a matança em Charleston está sendo vista no Brasil mais como um problema do controle de armas do que uma questão racial.

Foco de polémica nos EUA, bandeira confederada é celebrada no interior de São Paulo


Bandeira está em toda parte na festa tradicional entre descendentes de americanos de Santa Bárbara d’Oeste
O debate sobre a bandeira dos Estados Confederados voltou a ganhar fôlego entre os americanos, após o massacre na semana passada em uma histórica igreja da comunidade negra na cidade de Charleston, em que um atirador matou nove pessoas – um crime que teria sido motivado por ódio racial.

A bandeira foi usada pelos Estados do sul do país durante a Guerra Civil (1861 - 1865), quando estes, os chamados Estados Confederados, buscaram independência para impedir a abolição da escravatura. 

Para os negros, a bandeira é vista como um símbolo da supremacia branca.

Mas não é apenas nos Estados Unidos que a polêmica bandeira é hasteada. 

Ele é alçada às alturas também em Santa Bárbara D’Oeste, uma cidade no interior de São Paulo, a 140 quilómetros da capital.

Todos os anos, há uma festa tradicional dos descendentes dos cerca de 10 mil confederados que deixaram os Estados Unidos com destino ao Brasil durante a Guerra Civil americana.


"A Festa Confederada tem coisas que são estereótipos do sul do país (EUA) como dançar 'square dance' (semelhante à quadrilhas), comer frango frito e ouvir George Strait (cantor de country)"

conta Asher Levine, correspondente da agência de notícias Reuters em São Paulo.

"E a bandeira dos Estados Confederados está em todos os lugares."

'Cena surpreendente'

Apesar de estarem na sexta ou sétima geração, muitos moradores de Santa Bárbara ainda mantém uma forte ligação com a cultura sulista americana e ficam orgulhosos de portar a bandeira confederada.
Mas segundo Levine, para os moradores, a bandeira é mais um símbolo étnico do que político.
"Até um certo ponto, eles se veem como etnicamente americanos", diz o jornalista. "Em um festival italiano, você vê pessoas com bandeiras da Itália. Ou no Saint Patrick's Day, com bandeiras da Irlanda. É isso. Não há afiliação política nem nada disso."
Para repórter americano, símbolo não carrega uma conotação política entre os moradores de Santa Bárbara
Com o passar do tempo, os descendentes americanos se misturaram aos brasileiros. Assim, há pessoas de diferentes cores de pele carregando a bandeira dos Estados Confederados – uma cena que pode surpreender os americanos.

"Muitos dos descendentes desses confederados têm sangue africano também, então você vê pessoas negras com a bandeira", 


diz Levine.

Ele conta que conversou com um americano no festival que ficou completamente chocado ao ver uma menina cantando Amazing Grace – que costuma ser cantado em igrejas da comunidade negra – com uma bandeira dos Estados Confederados.


O símbolo, aliás, está também em bandeirinhas levadas por crianças e em estampas de vestidos usados por muitas mulheres.



"Para eles, o simbolismo foi totalmente perdido. Mas para nós (americanos), é um grande contraste."


Levine diz ainda que a matança em Charleston está sendo vista no Brasil mais como um problema do controle de armas do que uma questão racial.

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