Em defesa de Margarida Rebelo Pinto!
Margarida Rebelo Pinto tem sido alvo dos mais variados ataques nas redes sociais motivados pelas declarações que prestou no programa Bom Dia Portugal da RTP 1. É de todo injusto atacar-se da forma como se tem atacado quem tem toda a razão no que diz.
Analisemos o que foi dito por Margarida Rebelo Pinto e vejamos como ela está absolutamente certa na linha de raciocínio que segue, partindo do benévolo principio que tem uma linha e do milagroso principio de que terá raciocínio. Margarida sente-se triste, profundamente triste enquanto cidadã Portuguesa que mora perto da Assembleia da República com as manifestações que se têm feito. Tem razão, tem toda a razão, é do piorio querer-se sair à rua para… sei lá rica, para beber um café por exemplo, perdão um chá (algo que ela não teve ter bebido em pequena) e ter de se levar com a gentinha toda na rua, ainda por cima fazerem barulho. “Có’rror”. Além disso demonstram falta de civismo, não têm respeito nenhum, a rica que gosta de se levantar tarde tem de acordar a ouvir o povinho a berrar de tal forma que, ainda por cima, interrompem e perturbam aqueles que agora governam o País. Neste último argumento Margarida enganou-se, é que os que actualmente governam o País têm escritório na Av. da República, nem a plenos pulmões os berros do Povo em São Bento lá chegam. Perdoe-se este lapso de Margarida, coitada, não é obrigada a saber tudo.
Depois do erro anterior, teve um lapso de inteligência e reconheceu que não chegámos aqui por acaso. Muito bem Margarida, muito bem mesmo, não foi por caso não senhora, foi mesmo por incompetência, gestão danosa, compadrio, corrupção e outras sacanices que ela não referiu, nem tal se esperava, uma senhora é uma senhora e não deve dizer certas coisas. Ela até sabe que antes deste governo houve outro, aliás outros. Uau!!! Obrigado Margarida e eu que pensava que esta treta tinha andado em auto-gestão, antes tivesse andado.
Margarida Rebelo Pinto acha que os Portugueses têm falta de inteligência, portanto, dito de outra forma, são estúpidos que nem uma porta. Mais uma vez tem toda a razão no que diz, aliás, sendo ela Portuguesa é ela própria um magnífico exemplo desse défice de inteligência. Mas a derradeira prova de que os Portugueses são estúpidos verifica-se sem margem para qualquer tipo de dúvida com o simples facto de lhe comprarem aqueles amontoados de páginas a que ela chama livros. Causa-lhe repulsa a ela e a mim também que alguém que foi desmascarada em 2005 por João Pedro George no livro «Couves & Alforrecas – Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto» em que explicou por A mais B que a literatura de cordel não passava de um auto-plágio tenha o despudor de aparecer de forma descarada a insultar os Portugueses. Repulsa-me que alguém intelectualmente desonesto tenha sequer a leviandade de abrir a boca para falar mal dos Portugueses e ainda por cima que o faça no canal público de televisão.
Diz mais Margarida, diz ela que como todos os cidadãos também teve cortes. É bonito e simpático ela confessar que teve cortes, mas perfeitamente desnecessário, já tínhamos dado conta que a lobotomia pré-frontal que lhe fizeram não tinha dado grande resultado. Portugal nunca teve grandes recursos explica Margarida esforçando-se por dar um ar de entendida. Se estava a referir-se aos seus próprios recursos enquanto pseudo escritora, tem razão, nunca teve e dificilmente virá a ter. Agora se estava a referir-se ao País, está de todo enganada. Portugal teve muitos recursos que foram criminosamente destruídos por ordem da Europa tendo sido o actual aposentado de Belém o carrasco ao serviço dos interesses que comandam a Europa.
Tenho de reconhecer que Margarida tem visão, diz ela que ficaremos muito bem se nos virarmos para as energias do Mar. Yeeessss é isso mesmo Margarida, dá-lhe forte, vai até ao Cabo da Roca olha para o Mar, para a sua energia e dá um passo em frente. Portugal e os estúpidos dos Portugueses agradecem. Eu, ao contrário do que Margarida Rebelo Pinto afirma até abro uma excepção, deixarei por momentos de ser treinador de bancada e vou com ela para a ajudar a definir a estratégia de tão magnifico passo em frente.
A terminar ainda sobrou fôlego para Margarida defender as taxas moderadoras dos hospitais, acha ela muito bem que se pague taxas, coisa estranha essa de se querer usar as coisas sem pagar. Alguém explique por favor à Dondoca, eu já não tenho pachorra, que pagamos e pagamos bem. Expliquem-lhe também que um reformado que recorre a uma urgência hospitalar ter de pagar vinte e tal euros, fora os eventuais exames, é um crime, é desumano.
Portugal é realmente um País estranho, tem a estranha capacidade de criar todo o tipo de anormais e além de os criar tem o mau hábito de os manter.
(Este texto é publicado na rubrica de cultura porque, por lapso, este site não tem nenhuma rubrica para a “falta de cultura”)
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