16 de Novembro de 1975. Faz hoje 38 anos que se realizou uma grande manifestação unitária entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, com a presença de 200.000 manifestantes, contra o "avanço das forças reaccionárias e de apoio ao Poder Popular, convocada pelo Secretariado Provisório das Comissões de Trabalhadores da Cintura Industrial de Lisboa e apoiada pelo PCP e FUR ( Frente unitária composta por partidos da esquerda revolucionária), com a presença de delegações das UCP do Alentejo.
A manifestação popular abalou as hostes do VI governo provisório do Almirante Pinheiro de Azevedo, muito fragilizado e impopular após o cerco ao parlamento, e fez tremer o CDS, PSD e PS que dias antes a tentaram desmobilizar com campanhas de intimidação. Num Comício do PS em Penafiel, a 15 de Novembro, Manuel Alegre afirmava que a manifestação unitária, convocada para Lisboa por comissões de trabalhadores e de moradores e trabalhadores agrícolas do Alentejo, tem a intenção de «paralisar» a capital e de «talvez, tomar de assalto pontos estratégicos do aparelho de Estado». Porém, nada de anormal aconteceu e a manifestação voltou a colocar a revolução na ordem do dia.
Talvez um prenúncio do que viria a acontecer a 25 de Novembro, no mesmo dia da manifestação, o Brigadeiro graduado António Pires Veloso, conotado à extrema-direita, afirmava que era preciso «acabar com essa insurreição» popular, disciplinar as Forças Armadas e retirar o povo da rua, que ao mesmo tempo contactou unidades da Região Militar de Lisboa para impedir a manifestação popular unitária que estava convocada para hoje. De nada lhe valeu, pois a vontade popular foi mais forte.
A manifestação popular abalou as hostes do VI governo provisório do Almirante Pinheiro de Azevedo, muito fragilizado e impopular após o cerco ao parlamento, e fez tremer o CDS, PSD e PS que dias antes a tentaram desmobilizar com campanhas de intimidação. Num Comício do PS em Penafiel, a 15 de Novembro, Manuel Alegre afirmava que a manifestação unitária, convocada para Lisboa por comissões de trabalhadores e de moradores e trabalhadores agrícolas do Alentejo, tem a intenção de «paralisar» a capital e de «talvez, tomar de assalto pontos estratégicos do aparelho de Estado». Porém, nada de anormal aconteceu e a manifestação voltou a colocar a revolução na ordem do dia.
Talvez um prenúncio do que viria a acontecer a 25 de Novembro, no mesmo dia da manifestação, o Brigadeiro graduado António Pires Veloso, conotado à extrema-direita, afirmava que era preciso «acabar com essa insurreição» popular, disciplinar as Forças Armadas e retirar o povo da rua, que ao mesmo tempo contactou unidades da Região Militar de Lisboa para impedir a manifestação popular unitária que estava convocada para hoje. De nada lhe valeu, pois a vontade popular foi mais forte.
Henrique Daniel Silva. (facebook)
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