CIA paga a AT&T para ter acesso a registos de chamadas internacionais
Larry Downing / Reuters
A CIA está a pagar à AT&T mais de 10 milhões de dólares por ano para ter acesso às bases de dados de chamadas telefónicas internacionais, revela o jornal The New York Times desta quinta-feira.
A cooperação entre os serviços secretos norte-americanos e uma das principais empresas de telecomunicações do país acontece por causa de um contrato voluntário, escreve o jornal, e não é conseguida através de mandados judiciais ou outros mecanismos legais. No âmbito deste contrato, a CIA fornece os números de telefone de suspeitos de terrorismo elo mundo inteiro e a AT&T rastreia as suas bases de dados à procura de informações que possam ser úteis aos serviços secretos.
Esta revelação acrescenta uma nova dimensão ao debate sobre a privacidade das comunicações e sobre as actividades de espionagem que, até agora, tem estado focado no papel da National Security Agency (NSA), escreve The New York Times, e traz alguma luz às ligações entre os serviços secretos e as empresas de telecomunicações.
Devido ao facto de a CIA estar proibida de espiar atividades domésticas de cidadãos americanos, a agência tem especiais cuidados nesta colaboração com a AT&T, explicam as fontes anónimas do The New York Times. Muitas das chamadas rastreadas pela AT&T são do estrangeiro para o estrangeiro, mas quando existem ligações de ou para os Estados Unidos a empresa mascara diversos dígitos, de forma a impossibilitar a sua identificação.
Quendo entender que essa informação pode ser relevante, a CIA pode enviar esses números mascarados para o FBI, de forma a que esta agência consiga os necessários mandados judiciais para obrigar a AT&T a revelar os números de telefone completos. Dean Boyd, porta-voz da CIA, recusou-se a confirmar a existência do contrato com a AT&T, mas disse que todas ac actividades da agência são legais e estão "sujeitas a extenso escrutínio".
Mark Siegel, porta-voz da AT&T, disse: "Valorizamos a privacidade dos nossos clientes e trabalhamos para a proteger, garantindo que respeitamos a lei em todos os aspetos. Não fazemos comentários sobre questões de segurança nacional".
Esta revelação acrescenta uma nova dimensão ao debate sobre a privacidade das comunicações e sobre as actividades de espionagem que, até agora, tem estado focado no papel da National Security Agency (NSA), escreve The New York Times, e traz alguma luz às ligações entre os serviços secretos e as empresas de telecomunicações.
Devido ao facto de a CIA estar proibida de espiar atividades domésticas de cidadãos americanos, a agência tem especiais cuidados nesta colaboração com a AT&T, explicam as fontes anónimas do The New York Times. Muitas das chamadas rastreadas pela AT&T são do estrangeiro para o estrangeiro, mas quando existem ligações de ou para os Estados Unidos a empresa mascara diversos dígitos, de forma a impossibilitar a sua identificação.
Quendo entender que essa informação pode ser relevante, a CIA pode enviar esses números mascarados para o FBI, de forma a que esta agência consiga os necessários mandados judiciais para obrigar a AT&T a revelar os números de telefone completos. Dean Boyd, porta-voz da CIA, recusou-se a confirmar a existência do contrato com a AT&T, mas disse que todas ac actividades da agência são legais e estão "sujeitas a extenso escrutínio".
Mark Siegel, porta-voz da AT&T, disse: "Valorizamos a privacidade dos nossos clientes e trabalhamos para a proteger, garantindo que respeitamos a lei em todos os aspetos. Não fazemos comentários sobre questões de segurança nacional".
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