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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Deputado do PSD investigado por violência doméstica O presidente da distrital de Beja do PSD, Mário Simões, tem vários processos em curso em tribunal, um por incumprimento contratual O Ministério Público (MP) está a investigar uma queixa por violência doméstica contra o deputado do PSD Mário Simões, ex-vereador da Câmara de Alvito e actual presidente da comissão política distrital social-democrata de Beja.



Deputado do PSD investigado por violência doméstica



  • O presidente da distrital de Beja do PSD, Mário Simões, tem vários processos em curso em tribunal, um por incumprimento contratual
O Ministério Público (MP) está a investigar uma queixa por violência doméstica contra o deputado do PSD Mário Simões, ex-vereador da Câmara de Alvito e actual presidente da comissão política distrital social-democrata de Beja.
A ex-mulher do deputado é a autora da queixa, que foi apresentada há um mês no Tribunal de Beja. Neste tribunal, Mário Simões tem também uma acção cível a correr por "incumprimentos contratuais", movida pelo empresário nortenho Eurico Santana, com quem trabalhou antes de integrar as listas deputados para a Assembleia da República.
Segundo informações recolhidas pelo PÚBLICO, a alegada agressão terá ocorrido, em Beja, na casa dos pais de Mário Simões e terá sido presenciada pelos dois filhos. Desde que o casal se separou no início deste ano, os filhos ficaram a cargo da mãe, mas aos fins-de-semana, de quinze em quinze dias, o pai está autorizado a vê-los e a ficar com eles.
Ao que foi possível apurar, naquele dia o deputado terá mostrado resistência em entregar os filhos à ex-mulher e ela ter-se-á dirigido à esquadra da PSP de Beja, pedindo para que a acompanhassem a casa dos ex-sogros para levar os filhos para casa.
A mãe das crianças ter-se-á dirigido de novo a casa dos ex-sogros e terá sido nessa altura que foi agredida pelo ex-marido. Enquanto isto acontecia, a PSP aguardava cá fora. Cansada de ser desrespeitada, a ex-mulher de Mário Simões apresentou queixa por violência doméstica contra o ex-marido, com quem viveu dez anos, na PSP de Beja, tendo a queixa sido remetida para o Ministério Público.
Contactado pelo PÚBLICO, o deputado, que integra a Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, recusou falar sobre o caso, alegando tratar-se de uma questão privada. "Não vou falar sobre essa situação, é uma situação da minha vida privada e que vai ter de ser provada", disse Mário Simões, revelando que a queixa é também contra o seu pai. E acrescentou: "Não há provas, porque não existiu nada. Esta é uma situação que não vai dar em nada, vai ser arquivada, não tenho dúvidas nenhumas."
Em relação à acção cível por "incumprimentos contratuais", Mário Simões começa por negar que tivesse trabalhado na empresa Estratégia, produção de eventos culturais, Lda, mas depois acabou por dizer que teve uma "relação de prestação de serviços". "Prestei os meus serviços e fui ressarcido disso", respondeu, afirmando estar de "consciência tranquila" sobre as acusações de que está a ser alvo.
O PÚBLICO contactou o empresário, mas Eurico Santana não quis prestar declarações, tendo apenas confirmado que o líder da distrital do PSD de Beja trabalhou na sua empresa, vocacionada para a promoção de eventos.
A acção civil, que, segundo fonte judicial, "tem contornos mais criminosos do que cíveis", foi apresentada recentemente, esgotadas que foram as diligências feitas por Eurico Santana para que Mário Simões, que é seu compadre, saldasse as contas. O valor exacto não foi confirmado, mas, de acordo com a mesma fonte, "está em causa um valor muito considerável".
O deputado não nega as diligências feitas pelo empresário há vários anos, mas responde que o seu advogado esteve sempre disponível.
Mas esta não é a primeira vez que Mário Simões salta para as páginas dos jornais. Em Janeiro, a GNR não o conseguiu notificar para que pagasse uma coima de 250 euros relativa à falta de inspecção da sua viatura. É que o presidente da distrital do PSD de Beja tem três moradas diferentes nos vários documentos de identificação e reside num quarto endereço.
Mas a juntar a isto, há uma outra situação: a viatura em que foi multado por excesso de velocidade circulou ilegalmente entre 20 de Dezembro de 2012 e 21 de Janeiro deste ano.

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