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domingo, 3 de março de 2013


Uma tarde na Avenida

«Uma tarde na Avenida. Esta manifestação, tal como a de 15 de setembro, teve qualquer coisa de onírico. Como se, de repente, uma cidade inteira decidisse, a uma hora certa, encaminhar-se para uma praça. Cada um desceu as escadas do seu prédio, ou o elevador, caminhou despreocupado, silencioso, em marcha de passeio. É uma manifestação de vizinhos, de gente com pouco em comum, "interclassista", novos, velhos, meia-idade. A revolta é calma, não é arrebatadora, nem sequer apressada. Gente que se quer fazer ouvir, e escolhe manifestar esse desejo caminhando silenciosamente. Casacos de peles lado a lado com rastas. Gente que grita contra o FMI e gente que se arrepende de ter votado no Governo. Esta já é a segunda vez que a "demografia" mostra à política que algo se está a passar, e muito depressa. Os partidos do Governo, as instituições que não hibernaram, e os partidos da oposição também, têm de encontrar uma forma de falar com a sociedade. Porque pelo silêncio que hoje se fez ouvir, o ponto de não retorno parece muito próximo.»

Paulo Pena (via facebook)

«Fui à manifestação. Quem não percebe a abrangência da contestação não percebe nada. As pessoas podem não saber o que querem, mas sabem que não querem isto. Novos e velhos, de esquerda e de direita, pobres e menos pobres.»

Pedro Marques Lopes (via facebook)


Ladrões de bicicletas

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