AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

terça-feira, 19 de março de 2013

"Sem mão de obra barata não há emprego", diz Belmiro de Azevedo

Presidente do conselho de administração da Sonae defendeu ontem à noite no Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, as "economias baseadas em mão de obra barata".


Belmiro de Azevedo: "A economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade"

O empresário Belmiro de Azevedo, de 75 anos, afirmou hoje que sem mão de obra barata "não há emprego para ninguém".

O presidente do conselho de administração da Sonae, que falava no sétimo aniversário do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, referiu que "a economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade" e deu, como exemplo, o setor agrícola.

"Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão de obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão de obra barata, não há emprego para ninguém. Portanto, de facto é uma vantagem comparativa. Caso contrário, se a gente quer concorrer com potências que têm muito maior produtividade, é impossível pagar os salários de alta produtividade a trabalhadores com baixa produtividade", declarou Belmiro de Azevedo.

Para o empresário nascido no Marco de Canavezes, "há muitas atividades, nomeadamente no setor primário, em que a mão de obra, que Portugal tem muita e em excesso, é indispensável para que possam continuar".

Belmiro de Azevedo destacou o que disse ser ainda outra vantagem comparativa para o setor primário: o clima, algo que "é de borla".

Carnaval das 'manifs'

Belmiro de Azevedo classificou ainda as diversas manifestações de contestação ao Governo como "um Carnaval mais ou menos permanente".

"Enquanto o povo se manifesta a gente pode dormir mais descansado. O pior é quando não se manifesta. Eu gostava que os nossos governantes, neste momento, não jogassem o jogo dos protestantes. E quanto mais o Governo aparecer mais o espetáculo continua", disse.

"Direito de confiscar"

Instado a comentar a situação no Chipre, Belmiro ressalvou não estar por dentro do tema, mas disse que "numa sociedade democrática, o Estado não devia ter o direito de confiscar".

"O Estado podia era criar outro tipo de situações e não deixar que nenhum banco ultrapassasse a sua capacidade de garantir os repagamentos", acrescentou Belmiro de Azevedo, o que gerou o aplauso da plateia.

Sem comentários: