OS TEMPOS DE UM PS (IN)SEGURO
A resposta vinda do Gabinete de Imprensa do PCP (que se reproduz) não podia ser mais eloquente. Assim se respondia a uma desconchavada e tardia pretensão (dita de “disponibilidade e abertura”) unitária do PS no que respeita a “excepcionais” candidaturas autárquicas, enviada significativamente por e-mail.
Sobre a proposta endereçada pelo PS
A forma e os termos de uma proposta de que se tomou conhecimento pela comunicação social, revela a natureza de uma iniciativa sustentada não em critérios de seriedade mas sim movida por meros propósitos de propaganda.
O que está no centro das preocupações dos trabalhadores e do povo não são nem as autárquicas do próximo Outono (sem prejuízo da sua importância), nem as ambições de poder do PS. O que o povo português exige com carácter de urgência é a interrupção da acção do governo e a rejeição do chamado memorando de entendimento.
O PCP tem reiteradamente sublinhado a sua disposição para examinar com as forças, sectores e personalidades democráticas a construção de uma política alternativa que rompa com o actual rumo de desastre a que décadas de política de direita têm conduzido Portugal.
Ainda que conhecendo o comprometimento do PS com os eixos essenciais da actual política, a sua intenção de manter vivo um governo politicamente moribundo por mero cálculo partidário e o reiterado compromisso do PS para com o Pacto de Agressão que está a afundar o país e a arruinar a vida de milhões de portugueses, o PCP está inteiramente disponível para debater e confrontar o PS com aquilo que são os eixos essenciais de uma política que corresponda a uma verdadeira ruptura com a política de direita, e a libertação do país do programa de submissão e exploração subscrito com a UE e o FMI.
O PS pretendia atrelar toda a oposição que luta e não se resigna, constituída pelo PCP e pelo BE e por muitos milhares de activistas contra a as politicas da tróica nacional, associada á tróica estrangeira, á sua estratégia tacticista, que pretende deixar queimar em lume brando o governo e as suas politicas impopulares e mais tarde aceder ao poder, como alternância, já com o ónus do obtido fora da sua agenda.
Dois apontamentos recentes mostram como está longe dos dirigentes do PS a consciência da necessidade de rupturas políticas alternativas. O Presidente da Câmara de Lisboa desloca-se ao Concelho de Paredes e não consegue identificar uma só causa do estrangulamento financeiro e comercial das empresas de produção e distribuição da indústria do mobiliário. Pelo contrário, só consegue articular um expressivo e imerecido elogio ao autarca do PSD.
A recente e lamentável a todos os títulos “cooptação” de Alice Vieira como candidata á Assembleia Municipal de Mafra mostra que o PS em termos autárquicos se move nos terrenos pantanosos da desonestidade intelectual e do pragmatismo amoral.
CR
She and Bobby McGee
imagem António Garrochinho
AVISO
OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"
Este blogue está aberto à participação de todos.
Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.
Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.
Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário