Mineiros da Panasqueira são "os mais mal pagos do setor" afirma líder da CGTP
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu hoje um aumento gradual de salários nas Minas da Panasqueira, Covilhã, onde, conforme assinalou, estão "os trabalhadores mais mal pagos do setor".
O dirigente falava após uma reunião com a administração da empresa Sojitz Beral para discussão do caderno reivindicativo apresentado pelo sindicato, mas que terminou sem acordo.
"Estes trabalhadores são os mais mal pagos no setor mineiro", referiu Arménio Carlos, ao justificar a posição do sindicato mineiro da CGTP para, "de forma gradual", serem melhoradas "as condições de trabalho e de vida" na Panasqueira.
O caderno reivindicativo defende 55 euros de aumento salarial, um acréscimo de três euros por dia ao subsídio de alimentação e a passagem de trabalhadores a prazo a efetivos.
Por seu lado, a Sojitz Beral propôs um aumento de 5,03 por cento, que diz representar "um esforço tremendo" face à previsão de 4,5 milhões de euros de resultado negativo para este ano, refere, em comunicado.
A empresa diz estar a ser prejudicada com a descida de 37% da cotação do volfrâmio, minério extraído na Panasqueira, entre junho de 2011 e dezembro de 2012.
No entanto, os números não são consensuais.
O sindicato acusa a empresa de falar de um aumento da ordem dos 5% por somar vários benefícios, sendo que o aumento salarial real proposto é de 2,5%.
"Na nossa opinião, existem condições para que boa parte das reivindicações dos trabalhadores sejam respondidas. A melhoria dos salários é boa para a empresa e também para a economia da região", acrescentou Arménio Carlos.
O líder da CGTP participa, durante a tarde de hoje, num plenário de mineiros onde se discute o impasse nas negociações.
Os trabalhadores das Minas da Panasqueira já fizeram uma greve, nos dias 6 e 7, para reclamar aumentos salariais superiores aos propostos pela empresa concessionária.
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