Jerónimo de Sousa: Governo madeirense é correia de transmissão das políticas da troika
“A vida está a demonstrar como o Governo Regional se rendeu ao papel de correia de transmissão das políticas da troika externa, rendeu-se à função de mera executante das políticas de destruição e de saque do povo e à região”, afirmou Jerónimo de Sousa.O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou hoje o Governo Regional da Madeira, liderado pelo social-democrata Alberto João Jardim, de se ter rendido ao "papel de correia de transmissão" das políticas da troika”.
Num jantar, no Funchal, que assinalou os 92 anos do PCP, o líder e deputado comunista acusou o executivo insular de, “tal como o Governo da República”, nada propor exceto “sacrifícios, mais sacrifícios, mais cortes, mais austeridade, numa política de quem não tem saída”.
Jerónimo de Sousa considerou que a população do arquipélago da Madeira é “triplamente roubada”, dado que sofre com os custos da insularidade, com as medidas de austeridade de âmbito nacional que se estendem à região e com o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro da região.
“Passado que é um ano de implementação desse programa, os resultados estão à vista, são resultados trágicos”, realçou, referindo que a região tem “a maior taxa de desemprego do país, o maior risco empresarial do país, a maior proporção de falências do país”.
Acresce, ainda, segundo o líder do PCP, “a maior taxa de pobreza, a maior queda de rendimento disponível" ou "a maior redução de investimento dos últimos 30 anos”. “Assim, podemos dizer claramente que com este Governo do PSD/CDS está a acontecer a maior de todas as agressões à autonomia, ao povo e à região”, sustentou, sublinhando, contudo, que o Governo da Madeira “não tem sabido defender os interesses da região e do seu povo”.
Na sequência da dívida pública, na ordem dos seis mil milhões de euros, o Governo da Madeira solicitou em 2011 ajuda financeira ao Estado português, que culminou na assinatura do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da região a 27 de janeiro do ano passado e de um contrato de financiamento de 1.500 milhões de euros. Este plano determinou, entre outras medidas, o aumento do IVA e de outros impostos.
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