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sábado, 8 de dezembro de 2012



Crise leva mães a dar leite de vaca a bebés de poucos meses

Sem dinheiro para comprar o leite em pó adequado, alimentam os filhos com leite de vaca, o que pode provocar gastroenterites. Outras deixam de aplicar aos bebés vacinas que não são comparticipadas. “Estamos a recuar 50 anos”, diz pediatra.
ARTIGO | ESQUERDA NET
Serviços sociais da MAC já receberam este ano mais de mil pedidos de ajuda. Foto de sean dreilinger
A falta de recursos está a levar mães a alimentar bebés de poucos meses com leite de vaca em vez do leite em pó adequado. A assistente social Fátima Xarepe disse à Lusa que estes casos são do conhecimento dos serviços sociais da Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa, que cada vez mais atendem mães com "grandes carências" devido ao desemprego.
"Todos os dias recebemos pedidos de ajuda", disse, explicando que os mais frequentes são para a compra de leite em pó, de medicamentos, como vitaminas ou vacinas que não constam do Plano Nacional de Vacinação, e produtos de higiene.
Mas nem sempre a maternidade pode ajudar, nomeadamente no fornecimento de leite em pó, apesar de contar com o apoio da Associação de Ajuda ao Recém-Nascido (Banco do Bebé) e outras instituições particulares de solidariedade social.
A ingestão de leite de vaca antes de um ano de idade pode ter consequências nefastas, provocando, por exemplo, gastroenterites nos bebés.
Recuo de 50 anos
A pediatra Cristina Matos disse à Lusa que "estamos a recuar 50 anos".
Outras situações dramáticas surgem nos mais de mil pedidos de ajuda que os serviços sociais da MAC já receberam este ano. "Há grávidas que não vêm às consultas de vigilância por não terem dinheiro para os transportes, o que as coloca em risco, assim como aos bebés", disse Fátima Xarepe, acrescentando que "há grávidas que vêm a pé de Chelas [o que pode demorar cerca de uma hora], porque não têm dinheiro para pagar o transporte".
Dos cerca de 4000 partos anuais na MAC, perto de 10% resultam em crianças sinalizadas por estarem em risco de serem negligenciados.
Segundo o Jornal de Notícias, há mães a deixar de aplicar vacinas não comparticipadas e que não fazem parte do plano nacional de vacinação aos bebés, por falta de dinheiro. A vacina contra a varicela sofreu uma quebra de 16%, a vacina contra doenças pneumocócitas vendeu-se menos 13 por cento e a vacina contra o rotavírus também sofreu uma redução de 15%.
Os pediatras alertam para o perigo de parar planos de vacinação.

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