Entrevista
Efromovich": Se depender de mim, vão amar muito mais a TAP"
Germán Efromovich, o único candidato à compra da TAP, garantiu que pretende manter as rotas e até mesmo reforçá-las, assegurando também que a sede da empresa continuará em Lisboa. Quanto aos funcionários, o empresário avisou que só ficarão os que trabalharem. Efromovich desmentiu ainda ligações entre si, José Dirceu, antigo ministro brasileiro condenado a mais de 10 anos de prisão no caso do Mensalão, e o ministro-Adjunto, Miguel Relvas.
Em entrevista à TVI, Germán Efromovich negou uma notícia sobre ligações entre si, José Dirceu, um dos mentores do escândalo de corrupção brasileiro Mensalão, e o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, no âmbito do processo de privatização da TAP. “É tão absurdo que só rindo”, disse, sublinhando que “praticamente” não conhece José Dirceu. Referindo-se a si próprio na terceira pessoa, o empresário sul-americano notou que “não precisa de intermediários para vender o seu peixe e fazer os seus negócios”.
Recorde-se que o Público avançou esta semana que Germán Efromovich, único candidato à compra da TAP, terá contado com a ajuda de empresas ligadas a José Dirceu e do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. “O jornal está totalmente desinformado”, afirmou.
“A proposta [de privatização] foi baseada apenas em parâmetros técnicos, números”, insistiu o empresário, recusando adiantar quaisquer pormenores sobre a proposta. Aliás, Efromovich passou a primeira parte da entrevista a sublinhar que não podia adiantar nada sobre os detalhes do processo, incluindo o valor da oferta. “Não me cabe a mim, mas sim ao Governo”, disse o empresário, referindo que assinou um termo de confidencialidade.
Efromovich não escondeu, no entanto, a sua esperança de que quinta-feira, data em que o Conselho de Ministros decide a venda da TAP, possa dizer que é o novo dono da transportadora portuguesa. “Se depender de mim, vocês vão amar muito mais a TAP”, afirmou.
Questionado sobre a mais-valia do negócio, o empresário frisou que a TAP tem várias e boas sinergias com outras linhas do grupo.
Sobre as rotas da TAP, o empresário garantiu que são para manter e admitiu mesmo abrir novas linhas. "Todas as rotas actuais da TAP, pelo que estudámos, são rotas rentáveis, não tem sentido alterá-las. A ideia é aumentar as rotas para os países de língua portuguesas, como Moçambique, por exemplo", disse. E sublinhou: “Estamos a adquirir a TAP para ampliá-la e não para encolhê-la”.
Efromovich lembrou também que não foi o único interessado na privatização da TAP e que numa primeira fase "15 ou 16 empresas" chegaram a pedir o caderno de encargos da companhia aérea e que "5 ou 6" chegaram mesmo a fazer uma oferta. “No fim de um processo de licitação transparente, o Governo português entendeu que a nossa proposta era a mais interessante”, justificou o empresário.
Quanto às negociações, Efromovich adiantou que tem reunido com os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, admitindo que já teve encontros com vários ministros, como Paulo Portas, Miguel Relvas, Álvaro Santos Pereira e até com o primeiro-ministro Passos Coelho, em Maio durante uma visita à Colômbia. Mas o interesse pela TAP não é recente. "Há três anos procurámos o Governo português. Estive com Teixeira dos Santos e com António Mendonça, manifestando o nosso interesse”, contou esta noite Efromovich.
Aos trabalhadores, que realizaram hoje uma marcha de protesto contra a venda da TAP, o empresário deixou o recado de que se estiverem na empresa para trabalhar têm emprego garantido, caso contrário terão de sair.
Efromovich deixou também a garantia de que a sede da TAP continuará a ser em Lisboa. “Não existe motivo algum neste momento para mudar a sede da TAP", disse.
Já no fim da entrevista, foi pedido ao empresário que dissesse quais eram as suas nacionalidades. Efromovich respondeu que tinha três: brasileira, porque foi no Brasil que cresceu e andou na escola, colombiana, uma vez que o Presidente daquele país lhe ofereceu aquela nacionalidade quando comprou a companhia aérea 'Avianca', e por fim polaca, pois os seus ascendentes eram polacos. E foi esta última nacionalidade que lhe permitiu entrar na corrida à compra da TAP.
Recorde-se que Efromovich entregou no passado dia 7 de Dezembro uma proposta de compra vinculativa pela TAP. No fim-de-semana, o Expresso avançou que o empresário terá oferecido 351 milhões de euros, dos quais 35 milhões seriam para os cofres do Estado.
Recorde-se que o Público avançou esta semana que Germán Efromovich, único candidato à compra da TAP, terá contado com a ajuda de empresas ligadas a José Dirceu e do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. “O jornal está totalmente desinformado”, afirmou.
“A proposta [de privatização] foi baseada apenas em parâmetros técnicos, números”, insistiu o empresário, recusando adiantar quaisquer pormenores sobre a proposta. Aliás, Efromovich passou a primeira parte da entrevista a sublinhar que não podia adiantar nada sobre os detalhes do processo, incluindo o valor da oferta. “Não me cabe a mim, mas sim ao Governo”, disse o empresário, referindo que assinou um termo de confidencialidade.
Efromovich não escondeu, no entanto, a sua esperança de que quinta-feira, data em que o Conselho de Ministros decide a venda da TAP, possa dizer que é o novo dono da transportadora portuguesa. “Se depender de mim, vocês vão amar muito mais a TAP”, afirmou.
Questionado sobre a mais-valia do negócio, o empresário frisou que a TAP tem várias e boas sinergias com outras linhas do grupo.
Sobre as rotas da TAP, o empresário garantiu que são para manter e admitiu mesmo abrir novas linhas. "Todas as rotas actuais da TAP, pelo que estudámos, são rotas rentáveis, não tem sentido alterá-las. A ideia é aumentar as rotas para os países de língua portuguesas, como Moçambique, por exemplo", disse. E sublinhou: “Estamos a adquirir a TAP para ampliá-la e não para encolhê-la”.
Efromovich lembrou também que não foi o único interessado na privatização da TAP e que numa primeira fase "15 ou 16 empresas" chegaram a pedir o caderno de encargos da companhia aérea e que "5 ou 6" chegaram mesmo a fazer uma oferta. “No fim de um processo de licitação transparente, o Governo português entendeu que a nossa proposta era a mais interessante”, justificou o empresário.
Quanto às negociações, Efromovich adiantou que tem reunido com os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, admitindo que já teve encontros com vários ministros, como Paulo Portas, Miguel Relvas, Álvaro Santos Pereira e até com o primeiro-ministro Passos Coelho, em Maio durante uma visita à Colômbia. Mas o interesse pela TAP não é recente. "Há três anos procurámos o Governo português. Estive com Teixeira dos Santos e com António Mendonça, manifestando o nosso interesse”, contou esta noite Efromovich.
Aos trabalhadores, que realizaram hoje uma marcha de protesto contra a venda da TAP, o empresário deixou o recado de que se estiverem na empresa para trabalhar têm emprego garantido, caso contrário terão de sair.
Efromovich deixou também a garantia de que a sede da TAP continuará a ser em Lisboa. “Não existe motivo algum neste momento para mudar a sede da TAP", disse.
Já no fim da entrevista, foi pedido ao empresário que dissesse quais eram as suas nacionalidades. Efromovich respondeu que tinha três: brasileira, porque foi no Brasil que cresceu e andou na escola, colombiana, uma vez que o Presidente daquele país lhe ofereceu aquela nacionalidade quando comprou a companhia aérea 'Avianca', e por fim polaca, pois os seus ascendentes eram polacos. E foi esta última nacionalidade que lhe permitiu entrar na corrida à compra da TAP.
Recorde-se que Efromovich entregou no passado dia 7 de Dezembro uma proposta de compra vinculativa pela TAP. No fim-de-semana, o Expresso avançou que o empresário terá oferecido 351 milhões de euros, dos quais 35 milhões seriam para os cofres do Estado.
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