d. miguel de portugal
Pobre homem, desacreditado e vilipendiado por um povoléu mesquinho. Relvas é quase um deus, omnipotente e omnipresente, tem o dom da ubiquidade e uma capacidade de trabalho capaz de rivalizar com a dos condenados às galés. Ele tem que meter o bedelho na comunicação social, as manápulas nas secretas, as influências nas privatizações. É uma estafa, só vos digo. Imaginem-lhe a agenda: conspirar com o Ponte, consolar o Dirceu, convencer o Efromovich, almoçar com o Magno, lanchar com o Carvalho das secretas, ir às compras com a Isabel dos Santos, jantar com Passos em São Bento, dormir tarde e a más horas para estar em contacto permanente com a China, o Panamá, a Colômbia, os Emiratos, Angola, irra que é demais para uma pessoa só! E tudo por amor à Pátria, só por amor à Pátria e nada mais do que por amor à Pátria!
Calem-se as almas blasfemas que não cessam de insultar, denegrir quem tanto faz por Portugal, tantos negócios consegue para Portugal, tanto dinheiro faz entrar em Portugal. Devemos-lhe respeito e gratidão. É um santo homem e a história me dará razão. Que nem seca nem chuva, granizo ou fatal praga façam murchar Relvas. É o nosso D. Sebastião há tanto almejado. O homem providencial. A providência em pessoa.
Molestar Relvas é molestar a Nação. Calemo-nos. Curvemo-nos. Ajoelhemo-nos a seus pés. Relvas suavizar-nos-á as dores da genuflexão. E, magnânimo como um D. João V menos boçal, valha-lhe ao menos isso, perdoará os que contra ele vituperaram, retirá-los-á da lista negra, exterminá-los-á dos seus secretos ficheiros. Deo Gratias.
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