AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


O que é a Akoya Asset Management?

A Akoya está no centro da investigação judicial Monte Branco. É uma empresa gestora de fortunas com sede na Suíça.
A Akoya Asset Management saltou para os jornais, no âmbito da operação Monte Branco, uma acção que visou desmantelar uma rede que alegadamente permitia a saída de Portugal de capitais, fugindo ao fisco e permitindo o branqueamento de capitais.

A Akoya, segundo o seu "site", diz ser "um grupo suíço independente especializado na gestão de fortunas multi-disciplinar, fundado em 2009 no coração do centro financeiro da Suíça".

Fala no profissionalismo da sua equipa, liderada por Michel Canals, arguido no processo Monte Branco, mas que depois de uma detenção foi libertado sob caução. Michel Canals é caracterizado no "site" da Akoya como tendo mais de 30 anos na indústria financeira, tendo passado pelo Swiss Bank e pela UBS. Antes de se juntar à Akoya, foi responsável, no país helvético, da gestão de fortunas dos designados UHNW ("ultra high net worth"), que são as pessoas com activos superiores a 30 milhões de dólares. 

Na lista da equipa da Akoya consta, ainda, Nicolas Figueiredo, também arguido no processo Monte Branco e também libertado, depois de detido, sob caução. Tem 15 anos de indústria financeira e também trabalhou na UBS. Foi responsável, segundo o "site" da Akoya, pelos clientes portugueses no departamento de gestão de fortunas. 

José Pinto e Monica Ködder são os outros dois elementos citados no "site" da Akoya como pertencentes à equipa. José Pinto é referido como tendo 10 anos de experiência na indústria financeira, tendo trabalhado na UBS em Genebra, Nova Iorque, Miami e Lisboa, no serviço de gestão de fortunas aos UHNW do Brasil e Portugal. Monica Ködder tem 20 anos de experiência na banca suíça, sendo a sua área de especialização o imobiliário.

No caso Monte Branco, há ainda um arguido em prisão preventiva. Segundo tem sido noticiado, Francisco Canas, conhecido como "Zé das Medalhas", é o único que ainda se encontra detido. Era dono de uma loja de medalhas na Baixa de Lisboa e permitia a transferência para uma sua conta em Cabo Verde de contas em Portugal. O dinheiro era então levantado e entregue aos clientes. O "Sol" escreveu em Maio que a rede de Canals teria sido usada por cerca de 400 clientes, com um prejuízo para o Estado de cerca de mil milhões de euros.

Quando o caso Monte Branco veio a público, surgiram notícias que davam conta do envolvimento de banqueiros, gestores e políticos, enquanto clientes da Akoya. Segundo foi noticiado a semana passada, Ricardo Salgado, presidente do BES, foi ouvido como testemunha neste caso, tendo prestado esclarecimentos sobre a sua ligação à Akoya enquanto alegado cliente. Segundo foi noticiado por vários jornais, Ricardo Salgado terá a sua situação fiscal regularizada. 

Álvaro Sobrinho, gestor angolano, assume, agora, ser accionista da Akoya, através da Coltville. Mas "não pertence nem nunca pertenceu a qualquer órgão de gestão desta sociedade". E enquanto accionista, juntamente com outros, diz ter solicitado "à autoridade de supervisão suíça uma inspecção extraordinária à Akoya, apesar de ter já sido feita uma auditoria profunda à sociedade, cerca de um mês antes de os administradores da Akoya terem sido constituídos arguidos, a qual atribuiu uma excelente classificação aos procedimentos e regras instituídas pela lei suíça", diz Álvaro Sobrinho na carta publicada esta sexta-feira, 28 de Dezembro, no jornal "Sol". 

Sem comentários: