CDS sem voz no governo, diz Portas –malandrice (!).
Portas diz que voz do CDS “não foi ouvida” no OE, o Raul Solnado diria – malandrice.
Que um governante faça o contrário do que prometeu antes de eleito é uma patifaria. Que um partido que governa em coligação aprove medidas com as quais não concorda em pleno, num processo de negociação e contrapartidas, é a vida.
Mas um partido, como o CDS/PP de Portas, que viabiliza tudo aquilo que diz discordar e depois vem publicamente queixar-se, é da mais profunda miséria política. Cínico e sem vergonha.
Não há “pé dentro e pé fora” do governo, isso é engenho fantasista do marketing político. O governo Vítor Gaspar/Passos/Portas é coeso até prova em contrário.
A prova em contrário seria o fim do compromisso que originou a coligação, esse compromisso, como se percebe, é o apoio parlamentar do CDS, em troca de lugares no aparelho do Estado e tachos circunvizinhos bem remunerados.
Portas olha para o seu futuro, uma provável carreira “lá fora”. Não se importa, como Passos Coelho, de prejudicar os seus autarcas de imediato e o destino do partido.
Vamos assistir a mais deste fingimento, da direcção do CDS e do seu grupo parlamentar, até porque o CDS não tem massa crítica interna que o impeça voltar a ser um “partido do táxi”, ou da lambreta.
O clarinete
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